A reivindicação feita pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) para a autorização de festas, venda e consumo de bebidas alcoólicas na Universidade Estadual de Maringá (UEM) começa a receber críticas fora do campus.
O assessor municipal da Juventude, da Prefeitura de Maringá, Fábio Sanches, diz que a liberação de álcool dentro da instituição é injustificável e absurda.
Na opinião dele, a imagem da universidade não pode ser associada à festa, barulho e bebida.
Continuar proibindo o consumo de álcool na UEM é respeitar sua história, emenda Sanches, na esperança de que o reitor da instituição não permita a liberação de álcool dentro da Universidade.
Ele destaca que bebida alcoólica não combina com estudo. Universidade é lugar de estudar e não de se embriagar, sintetiza.
Como representante da administração municipal, Sanches afirma que é imprescindível que se preze pela segurança e paz da população. Segundo ele, a liberdade de expressão, de festa e diversão é um direito justo. Mas também existe o direito à ordem e ao sossego que envolve a coletividade.
A partir do momento em que a coletividade sofre ameaça de segurança, a administração pública, a polícia e os órgãos competentes precisam manter a paz no município.
A tentativa dos estudantes de levar para dentro da Universidade bebidas e festas que acontecem fora dela não agrada Sanches. Simplesmente tirar da rua e levar para dentro da UEM não resolve a desordem.
O coordenador geral do DCE, Phillip Natal, 22 anos, acadêmico do 4º ano de Ciências Biológicas, declara que a liberação de festas e álcool na Universidade é uma proposta para evitar conflitos de estudantes com a polícia e os moradores do Jardim Universitário.
A gente quer resolver o problema de forma inteligente, ou seja, tirar os estudantes da rua e levá-los para dentro da UEM para que o morador não seja incomodado e sim, respeitado, e que os estudantes também sejam respeitados pela polícia.
Segundo ele, o papel do DCE não está em dizer que quer ou não que o álcool seja liberado. Essa decisão não cabe a nós, resumiu. Natal ressalta que a Reitoria propôs que fosse instaurado debate para que a comunidade acadêmica faça a decisão.
Caso a liberação de consumo e venda de álcool seja aprovada, Phillip destaca que a defesa do DCE vai se restringir ao consumo da bebida em confraternizações dentro da UEM, desde que sejam organizadas por entidades estudantis.
Ele garante que as atividades vão acontecer em horários e locais que não comprometerão os trabalhos na Universidade.