Praticamente toda a história de Hiroshima, Mon Amour, atração, desta quinta-feira, no CinUem, é vivida em uma cama, onde uma atriz francesa e um engenheiro japonês vivem uma breve história de amor em uma Hiroshima reconstruída.
A sessão tem início às 18h30, no Auditório Ney Marques, no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A entrada é franca. Após o filme, haverá debate, com comentário de Paulo Campagnolo, coordenador do Projeto Um Outro Olhar.
Entrelaçados aos corpos nus, memórias compartilhadas e jogos de palavras em um filme que pode ser considerado uma obra feita para vender a paz.
Dirigido por Alain Resnais em 1959 e adaptado de um manuscrito de Marguerite Duras, o longa estrelado por Emmanuelle Riva e Eiji Okada é um dos marcos fundadores da Nouvelle Vague, o movimento cinematográfico francês que praticamente mudou a maneira de se fazer cinema e influenciou gerações de cineastas em todo o mundo, inclusive no Brasil.
No filme, Resnais faz uma hábil manipulação do passado (por meio de flashbacks) e do presente, intercalados por imagens com forte teor de um documentário sobre os efeitos da bomba atômica em Hiroshima.
O casal formado por Emmanuelle e Okada também tem um diálogo incomum, em que a atriz destila e desabafa suas lembranças intercaladas por frases marcantes do engenheiro. Como quando ela diz conhecer Hiroshima e ele responde: Você ainda não viu nada.