O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aprovou, na tarde desta segunda-feira (25), a suspensão do calendário letivo e dos vestibulares de Inverno e de Ensino à Distância (EAD) deste ano.
A decisão é consequência da greve dos servidores do Paraná contra medidas adotadas pelo governador Beto Richa (PSDB), deflagrada em 27 de abril. O pedido de suspensão partiu de alunos, que, por meio do Diretório Central dos Estudantes (DCE), entregaram um documento com várias reivindicações ao reitor.
"Dois motivos principais para suspender o vestibular: primeiro, as provas estavam sendo finalizadas e o movimento grevista acaba atrapalhando a conclusão delas. O segundo ponto é que os alunos da rede pública praticamente não tiveram aula neste ano. Seria injusto colocá-los para concorrer com o pessoal das escolas particulares, com aulas normais", explica o reitor Mauro Baesso.
O Vestibular de Inverno da UEM estava marcado para os meses de junho e julho, com 19.077 pessoas inscritas. Segundo Baesso, o concurso será adiado, e não cancelado, como temem muitos alunos.
"O vestibular só não será aplicado na data em que estava previsto. Apenas adiaremos as provas. Então, todos os inscritos continuam inscritos. Assim que retornarmos às aulas, rediscutiremos uma nova data", esclarece o reitor.
Sobre a suspensão do calendário, ele afirma que é apenas uma oficialização de algo que, na prática, já estava ocorrendo. "Na prática, não muda nada. Quando a greve acabar, imediatamente vamos organizar um novo calendário. Os alunos vão cumprir todo o ano letivo, mesmo que tenham que estudar em dezembro e janeiro".
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