Parte dos servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) decidiu suspender a greve deflagrada há um mês na instituição, em assembleia realizada nesta segunda-feira (9). Os dissidentes da paralisação fazem parte de um dos dois sindicatos ligados à instituição, o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar).
O presidente do Sinteemar, Celso Nascimento, afirma que as atividades já serão retomadas na terça-feira (10). Os primeiros atos pós-paralisação serão de organização, diz ele: limpeza do campus e reoganização do calendário letivo. As atividades no Hospital Universitário (HU), segundo o sindicato, também devem ser retomadas imediatamente.
Assim como o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), os servidores ligados ao Sinteemar ficam em "estado de greve" e em assembleia permanente - ou seja, a greve pode voltar a qualquer momento, caso os compromissos firmados pelo governo não sejam cumpridos.
"Agora, temos que organizar a universidade para conseguirmos voltar às atividades. A expectativa é de que já consigamos receber os calouros na quinta ou na sexta-feira. Não dá para afirmar, porque ainda dependemos de outros fatores, mas esperamos que, em uma semana, as aulas voltem", prevê Nascimento.
Para o Sinteemar, o documento com a lista de acordos assinado por APP-Sindicato e governo estadual, diante da Justiça, também garante aos professores universitários direito ao Paraná Previdência e ao pagamento das férias em parcela única.
O outro sindicato, a Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), porém, não reconhece a decisão Sinteemar e, por meio de comunicado divulgado pela internet, afirma que a greve continua por tempo indeterminado.
"A agenda das atividades da greve está mantida e devem os docentes permanecer mobilizados. Não faz sentido pretender recuar da greve às vésperas da apresentação de uma nova proposta de reforma da previdência no dia 13 de março (sexta-feira próxima)", diz o texto.
UEL 'continua na mesma'
Não há prazo para que as atividades na Universidade Estadual de
Londrina (UEL) sejam retomadas, de acordo com o Sindicato dos
Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região
(Sindiprol/Aduel).
De acordo com a diretora de comunicação do sindicato, Silvia Alapanian, o governo não firmou acordo formal com os servidores e, portanto, não há garantia de que as promessas serão cumpridas. O comando de greve marcou assembleia para quinta-feira (12), com o objetivo de discutir quais foram os avanços e quais são as pendências das conversas com o Estado.
"Ainda continuamos na mesma. Nós reafirmamos que o governo não firmou nenhum compromisso formal conosco. Estamos aguardando que ele faça, que formalize suas promessas. Até que esse documento não chegue, a greve está mantida", garante Silvia.
http://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2015/03/parte-dos-servidores-da-uem-decide-suspender-greve-e-voltar-atividades.html