A preocupação é que novas salas não estejam prontas para uso dos alunos do próximo ano. Fonte: Tribuna Hoje
Após estudantes do Instituto Federal do Paraná (IFPR), campus Umuarama, reivindicarem melhorias no ensino ofertado na instituição, agora é a vez dos acadêmicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), fazerem o mesmo. Na manhã de hoje, uma passeata será feita com início no campus do centro tecnológico e parada na praça Santos Dumont, no centro, com a distribuição de panfletos informativos.
Promovida pelo Departamento Acadêmico de Engenharias e Tecnologias (DAE), a passeata busca visibilidade para problemas enfrentados pelos acadêmicos da instituição, com destaque a paralisação das obras de ampliação do campus. Segundo o presidente do DAE, Gabriel Lepri Aguiar, os alunos temem que a construção do bloco de salas e do refeitório não seja concluída neste ano.
“O governo não está pagando as empreiteiras que realizam obras em todo Estado”, informou Aguiar. Atualmente se encontra em construção, na fase inicial, um prédio destinado para salas de aulas e laboratórios. Além disso, está em fase final de edificação o refeitório. O mais preocupante é que a empreiteira responsável pelas obras não recebeu pelos serviços já prestados e rompeu o contrato.
Esse rompimento previsto em contrato, e assim permitido, gera a formulação de nova licitação para continuação da obra, o que pode prorrogar o seu fim. O próprio diretor do campus, o professor Osvaldo Joaquim dos Santos, confirmou o fato e também se mostrou preocupado com a situação, já que não ocorrendo a finalização da obra não será possível comportar os novos alunos no próximo ano. “A base, parte mais cara da construção já foi realizada, falta pouco para a conclusão das obras e seu prolongamento para além deste ano seria uma pena”, disse o diretor.
O diretor também confirmou informações do presidente do DAE sobre o corte de 40% das verbas de custeio para todos dos campos da UEM. No ano passado a destinação havia sido de R$ 20 milhões, caindo para R$ 16 milhões neste ano. Além da passeata, os alunos pretendem também realizar um almoço no local onde será o refeitório do campus, como mais uma forma de chamar a atenção dos poderes públicos sobre o problema.