No final do ano passado, a Incubadora de Empreendimentos Econômicos Solidários (IEES) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi contemplada com novos recursos. Com os trabalhos prestes a serem retomados, os integrantes da incubadora estão encontrando dificuldades para viabilizar o transporte da equipe até os empreendimentos. A proposta inicial era para que os gastos com veículo e combustível pudessem ser pagos com parte dos recursos recebidos.
São aproximadamente R$ 250 mil, provenientes da Secretaria Nacional de Economia Solidária - órgão ligado ao Ministério do Trabalho, por meio do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPQ). Mas, o CNPQ não está liberando o uso da verba para essa finalidade.
Como os principais empreendimentos solidários ficam fora de Umuarama, nos municípios de Mariluz e Xambrê, o impasse tem dificultado o andamento das atividades desenvolvidas pela incubadora. “O CNPQ criou um certo empecilho para liberar recursos pra essa finalidade.
Na nossa proposta, parte do dinheiro seria utilizada nos gastos com carro e combustível, mas eles não estão aceitando, e isso está dificultando nosso trabalho”, explica Max Emerson Rickli, zootecnista e coordenador da IEES. Durante a tarde de ontem, os integrantes da incubadora se reuniram para dar início ao planejamento anual das ações.
Atualmente, a equipe é composta por quatro bolsistas de graduação, um técnico e mais quatro professores que dão apoio. Por enquanto, a IEES ainda conta com um carro, de outro projeto que já está próximo de ser encerrado. Ou seja, se o problema não for sanado em breve, os trabalhos ficarão ainda mais prejudicados. “Esse problema ainda não está atrapalhando completamente, porque agora estamos em fase de organização e treinamento da equipe. Mas eu não posso chegar pra equipe e dizer: semana que vem estamos saindo. Temos que esperar que esse detalhe esteja resolvido”, afirma Rickli.
PROJETOS
O projeto com o maior destaque é desenvolvido em um assentamento no município de Mariluz. Com assessoria da IEES, foi criada uma cooperativa de pequenos produtores que está fazendo a diferença na vida dos associados. O objetivo é capacitar os produtores de acordo com suas necessidades específicas, visando o aumento da produção, melhoria da qualidade dos alimentos e inserção no mercado.
A cooperativa teve início em 2010 com 22 cooperados. Hoje já são mais de 50 associados que estão cada vez mais organizados dentro do assentamento. Outra proposta da IEES é desenvolver uma associação entre as mulheres do assentamento. “Nossa ideia é auxiliar na formação de uma associação de mulheres, para que elas se organizem para fazer produtos de panificação.
A proposta é atender a própria comunidade do assentamento, que tem mais de 1.200 pessoas e também vender na cidade. O objetivo dos projetos da incubadora é organizar essas pessoas para que elas tenham mais recursos e consequentemente mais qualidade de vida”, sintetiza Rickli.