Enquanto a média de crescimento entre as
universidades brasileiras em relação às notas obtidas na última
avaliação trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes) ficou em 23%, a Universidade Estadual de Maringá (UEM)
registrou um crescimento de 30% em comparação com as notas atribuídas,
na avaliação anterior, aos programas de pós-graduação da instituição.
A informação foi dada pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da
UEM, Mauro Ravagnani, com base na Avaliação Trienal 2013 da Capes,
divulgada na tarde de ontem (10), na sede da Coordenação, em Brasília.
Segundo os números da Capes, em relação à nota obtida na avaliação
anterior, 69% dos programas manteve o conceito obtido em 2010, 23%
aumentou de nota e apenas 8% diminuiu.
No caso da UEM, onze programas de pós-graduação tiveram as notas
aumentadas. Agronomia, que tinha conceito 5 passou para 6; Biologia
Celular; Educação, Ciências Farmacêuticas; Geografia e Letras passaram
de 4 para 5; e Administração, Engenharia Urbana, História, Odontologia
Integrada e Psicologia subiram de 3 para 4.
"Esse crescimento já era esperado", afirma o pró-reitor, lembrando que o
crescimento de 25% no número de docentes que subiram de nível já
apontavam nesta direção. Segundo Ravagnani, a UEM conta, hoje, com 160
pesquisadores com bolsa produtividade, dos quais 43 subiram de nível
desde a avaliação anterior da Capes. Mas o pró-reitor também atribui
esse resultado aos investimentos feitos na Universidade, incluindo o
aumento em infraestrutura e equipamentos de pesquisa. E tão importante
quanto isso, o pró-reitor fez questão de frisar o esforço dos quase
quatrocentos grupos de pesquisa que a Universidade têm, todos de
excelência comprovada, e que vem contribuindo para que a UEM se
destaque.
Ravagnani também lembrou que três programas de pós-graduação da UEM que
estão na lista da Avaliação Trienal 2013 da Capes são novos e, portanto,
passaram pela primeira avaliação. São eles Metodologia de Projetos,
Filosofia e Engenharia Mecânica. E na próxima avaliação serão incluídos
outros sete programas, o que indica também um crescimento quantitativo.
O pró-reitor também fala do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, que
foi o único com conceito rebaixado, passado de 6 para 5. Ele acredita
que um dos motivos pra isso seja a avaliação ruim atribuída a um dos
periódicos da área, o qual boa parte da produção científica do programa
era publicada.
O diretor de Avaliação da Capes, Livio Amaral, que foi um dos convidados
do Seminário sobre a Avaliação da Pós-Graduação no Paraná, realizado em
maio deste ano na UEM, afirmou, durante a apresentação da Avaliação
Trienal 2013, em Brasília, que mesmo com o aumento das notas a avaliação
tem se tornado mais rigorosa com o passar dos anos. "O sistema de
avaliação é feito de maneira comparativa, então como o crescimento não é
apenas numérico, mas qualitativo, o que percebemos é um progresso na
produção dos programas que se mantém bem avaliados", explica.
Notas
Os programas avaliados receberam conceitos na seguinte escala: 1 e 2,
que descredenciam o programa; 3 significa desempenho regular, atendendo
ao padrão mínimo de qualidade; 4 é considerado um bom desempenho e 5 é a
nota máxima para programas com apenas mestrado. Conceitos 6 e 7 indicam
desempenho equivalente ao alto padrão internacional. A cada três anos,
todos os cursos em funcionamento são reavaliados.
Entre os critérios da avaliação estão a infraestrutura, a proposta do
programa, análise do corpo docente e discente e produção intelectual. Na
Avaliação Trienal 2013, referente ao período de 2010 a 2012, foram
analisados 3.337 programas de pós-graduação, que compreendem 5.082
cursos, sendo 2.893 de mestrado, 1.792 de doutorado e 397 de mestrado
profissional. O processo foi realizado durante o período de 30 de
setembro a 25 de outubro, quando cerca de 1.200 consultores estiveram
reunidos na Capes, distribuídos nas comissões de área de avaliação.
Histórico
A avaliação da pós-graduação stricto sensu é realizada pela Capes desde o
ano de 1976. Ao longo de quase 40 anos, se consolidou como instrumento
de grande importância para o Sistema Nacional de Pós-Graduação e para o
fomento, tanto por parte das agências brasileiras, vários setores
governamentais e não governamentais, bem como dos organismos
internacionais.
A avaliação periódica, realizada a cada três anos, resulta em notas que
são homologadas pelo Conselho Técnico-Científico da Educação Superior
(CTC-ES) da Capes. Os resultados da avaliação fundamentam a deliberação
do Conselho Nacional de Educação (CNE/MEC) sobre quais cursos obterão a
renovação de reconhecimento para a continuidade de funcionamento.
http://www.maringa.com/noticias/13036/Onze+cursos+de+pos-graduacao+da+instituicao+sobem+de+conceito.