Na noite de 5 de setembro de 2013, estudantes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foram violentamente agredidos por vigilantes patrimoniais por não se retirem campus. Foram primeiramente ameaçados e intimidados pelos vigilantes e após não cederem foram agredidos. O ocorrido se assemelhou a repressões realizadas durante o período da ditadura.
Xs estudantes realizavam uma reunião para discutir a repressão cada vez maior na universidade e a proibição da realização de eventos culturais dentro do campus. Já no início da reunião foram intimidados e após determinado horário foi dito que era ordem do reitor o toque de recolher. Xs estudantes decidiram permanecer, visto que era um absurdo, pois estavam em um espaço público, ocorrendo assim as agressões.
A universidade tem seus espaços cada vez mais cerceados para xs estudantes e para toda comunidade exterior. Vemos a lógica de que a universidade pública não deve ser um espaço de interação entre a comunidade interna e externa se tornando de fato hegemônica. Tal concepção se repete em muitas universidades pelo país, com a restrição da circulação de pessoas em determinados horários, segurança cada vez mais violenta, proibição da realização de eventos culturais, negação de diversos espaços que deveriam ser públicos. Vemos a pouca democracia que existe hoje nas universidades ser retirada, com administrações cada vez mais autoritárias e repressoras.
A Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia (CONEP) repudia as agressões cometidas pelos vigilantes aos estudantes. Repudiamos também o autoritarismo da Administração Superior da UEM, que vem cerceando os espaços (que são públicos!) da universidade e reprime abertamente o movimento estudantil.
A UEM não se posicionou ainda, negligenciando um ocorrido de extrema gravidade, e demonstrando que a democracia interna não está em suas pautas!
http://coneponline.wordpress.com/2013/09/11/autoritarismo-e-repressao-na-uem/