Moção de repudio para apreciação e aprovação do coletivo.
Att. Pedro Brum
Moção de Repúdio do Núcleo de Estudos de Mobilidade e Mobilização – NEMO
Nós do NEMO – Núcleo de Estudos de Mobilidade e Mobilização – viemos a público manifestar nosso repúdio às perseguições praticadas pelos vigilantes patrimoniais e a forma violenta que continuamente estão tratando os estudantes da Universidade Estadual de Maringá.
No dia cinco de setembro um grupo de estudantes se reuniu para debater sobre a forma como a comunidade acadêmica vem sendo tratada pela vigilância patrimonial. Foram surpreendidos pela atuação altamente violenta dos vigilantes resultando em um estudante espancado e com o nariz quebrado, outra estudante com mais de oito pontos na cabeça vítima de uma pedrada e outros integrantes do grupo com diversas escoriações pelo corpo, sem resposta violenta do grupo aos vigias.
Não é de hoje que a UEM passa por processos injustos de repressão e perseguição a determinados grupos estudantis. Há vários anos o movimento estudantil vem relatando uma série de práticas violentas dentro do campus pelos funcionários de nossa instituição com respaldo de seus superiores imediatos. É inadmissível a violência praticada pelos vigilantes dentro do campus universitário, nós do NEMO repudiamos as práticas que vem se realizando pelos vigilantes, a falta de respostas e a conivência por parte da administração universitária em relação aos fatos ocorridos.
Os vigilantes são patrimoniais. Os estudantes não estavam violando o patrimônio do campus. Nem portavam álcool, drogas ou veiculavam música O absurdo da agressão a um grupo estigmatizado. Não cabe em uma Universidade a cultura da violência. Tampouco da violência gratuita. Tampouco da violência institucionalizada.
É imprescindível o aprofundamento do debate sobre o projeto de universidade que queremos e a proposta de universidade que temos. Pelo direito a uma universidade que cumpra a função social a que se propõe, por uma instituição não repressiva e não autoritária.
Deixamos explícita nossa solidariedade a todos os estudantes agredidos, a todas as entidades apoiadoras deste movimento e exigimos apuração imediata dos fatos ocorridos e medidas cabíveis aos responsáveis.
Que não se calem os responsáveis pelos abusos. Que não se prostrem os que os sofrem.