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Médicos e estudantes de medicina fazem protesto

Médicos e estudantes de medicina irão protestar, neste sábado, contra a importação de médicos de Portugal, Espanha e Cuba sem a obrigatoriedade de revalidação do diploma estrangeiro, conforme pretende fazer o Governo Federal.

O encontro será às 8h30 em frente ao Estádio Willie Davids, depois seguirá em caminhada até a Catedral de Maringá. Tem como objetivo conscientizar a população acerca dos riscos da possível contratação desses profissionais, uma vez que a população do interior está, segundo os manifestantes, abandonada pela saúde do País.

“As pessoas estão morrendo de apendicite e no parto. Faltam equipamentos e condições de trabalho. Contratar médicos do exterior é demagogia”, comentou uma estudante do curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Com o protesto, os estudantes de medicina integram a mobilização iniciada pelas entidades médicas nacionais, que entendem que importar médicos indiscriminadamente não é a solução para a falta de assistência no interior do país e para o caos da saúde pública (gerado por anos de abandono dos serviços, seus hospitais e profissionais).

Para reverter a grave crise no setor, antes de tudo é indispensável melhor gestão, mais investimentos na saúde, infraestrutura e condições dignas de trabalho para todos os profissionais.

No dia 7 de maio, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que desde o início do ano o governo estuda alternativas para suprir a deficiência de profissionais nas regiões mais remotas do País e analisa a possibilidade de trazer médicos de países como Portugal, Espanha e Cuba. O Conselho Federal de Medicina (CFM) criticou a proposta e a classificou como temerária.
 

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