Cerca de 400 servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM)
aprovaram indicativo de greve, em assembleia realizada na noite desta
segunda-feira (6). Na manhã desta terça-feira (7), aproximadamente 150
funcionários realizaram uma manifestação em frente ao Hospital
Universitário (HU). Por volta das 8h30 eles seguiram em passeata até a
reitoria, para negociar com os representantes da instituição.
"Vamos tentar uma última conversa. Caso não tenhamos um retorno positivo
por parte do Governo do Estado, chamaremos uma assembleia hoje ou
amanhã e há grande chance de entrarmos em greve imediatamente", fala o
presdiente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino
de Maringá (Sinteemar), Eder Rossato.
Nesta terça-feira, o HU funciona com o mínimo de funcionários
necessários para manter a rotina da instituição. Conforme a assessoria
de imprensa, o atendimento está normalizado.
Reivindicações
A maioria dos manifestantes é formada por funcionários do Hospital
Universitário. Entre as principais questionamentos está a Lei Estadual
17.382 / 2012, que determina jornada de 40 horas semanais a
profissionais que foram aprovados em concursos públicos com carga
horária diferenciada.
Servidores de diferentes profissões como enfermeiros, radiologistas,
cirurgiões dentistas, assistentes sociais, jornalistas, telefonistas,
entre outros, praticam jornada de 20 h, 24h, 25h, 30h e 36h semanais,
com respaldo de sindicatos. Porém, após a sanção da Lei Estadual 17.382
de 2012, os profissionais terão que fazer 40h semanais.
Os manifestantes também querem a contratação de funcionários, melhorias referentes à infraestrutura.
Além da UEM, servidores da Universidade Estadual de Londrina (UEL),
também prometem paralisar as atividadades pelos mesmos motivos.
Retorno
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da
Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, mas ainda
não há um posicionamento oficial do órgão sobre as reivindicações dos
servidores.
Em reunião com dirigentes sindicais na última quinta-feira (2), o
Governo ressaltou que há a necessidade de um projeto de lei para
regulamentar as cargas horárias diferenciadas.
Em nota à imprensa, o secretário Alípio Santos Leal Neto destacou a
importância de se garantir um diálogo produtivo. “O Governo apela para
que os servidores da Universidade Estadual de Londrina suspendam o
movimento grevista e que as demais universidades evitem a paralisação
para que possamos avançar na busca de uma solução, evitando graves
prejuízos à sociedade”, afirmou o secretário.
Servidores da UEM aprovam indicativo de greve e protestam em frente ao HU
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