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Vocês viram que os pesquisadores do Laboratório de Melhoramento
Genético de Bicho-da-Seda, da Universidade Estadual de Maringá (UEM),
estão começando estudo para definir os níveis de concentração de
agrotóxico aplicado em lavoura de milho, letais para o bicho-da-seda? A
pesquisa nasceu porque produtores de Mandaguaçu, município da região de
Maringá, denunciaram a morte prematura das lagartas, relacionando o fato
com o período de aplicação aérea dos inseticidas.
De acordo com os criadores, parte do agrotóxico atinge as plantações de amora, usadas para alimentar os bichos-da-seda. Caso as pesquisas confirmem a denúncia, como já aconteceu em Cruzeiro do Sul, na mesma região, elas poderão servir de respaldo para que os produtores busquem, judicialmente, o ressarcimento pelos prejuízos causados pela aplicação do veneno.
Roxelle Munhoz, pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento da UEM, conta que pesquisa realizada no município de Cruzeiro do Sul provou que a pulverização aérea de agrotóxicos em plantações de cana-de-açúcar prejudicou as lagartas. “O trabalho já foi concluído e os estudos apontaram que a contaminação causou colapso no músculo e, consequentemente, o intestino das lagartas deixou de fazer a absorção dos nutrientes, levando à morte, ainda em fase larval, ou à produção de casulos de casca fina, sem valor comercial”, explica.
A pesquisadora conta que a pesquisa responde a solicitação da Câmara Técnica do Complexo da Seda do Paraná e da Fiação de Seda Bratac; e deve estar pronta em três meses.
http://jornaldopovoparana.com/universidade-estadual-de-maringa-vai-ajudar-produtor-de-bicho-da-seda/