Na tarde desta segunda-feira (22), os servidores técnicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) do campus de Umuarama se reuniram para a transmissão da Assembleia Geral direto do campus sede da instituição. Segundo o técnico de informática da UEM de Umuarama, Odair Machado, a informação repassada durante a assembleia é de que a Associação Paranaense das
Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp) deve pedir a retirada do projeto e supressão dos artigos 17 e 18 inseridos pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), que não fizeram parte do acordo entre Governo e Apiesp. “Ficou deliberado o encerramento da greve, porém, os sindicatos das IEES irão até Curitiba para tentar derrubar as exigências de quatro e sete anos para promoção, além da retirada dos artigos acrescidos pela PGE, exigindo emendas ao projeto apresentado pelo Estado”, relata Odair. A possibilidade de continuar com as paralisações das atividades dos técnicos está descartada.
EXIGÊNCIAS
De acordo com o técnico em informática, os reitores membros da Apiesp estão na capital do Estado para exigirem a retirada dos artigos 17 e 18 incluídos na minuta de lei entregue aos servidores na última sexta-feira (19). Os servidores relatam que esses dois artigos inviabilizam os aumentos prometidos pelo Governo Estadual.
NEGOCIAÇÕES
Com o intuito de reivindicar a falta de contratação de novos servidores e a readequação do plano de carreira, cargos e salários, os servidores da Universidade Estadual de Maringá iniciaram os movimentos grevistas no primeiro semestre deste ano, realizando protestos e discussões relativas às exigências contidas na pauta de reivindicação dos servidores. Na mesma época, os docentes da instituição também lutavam por melhores condições de trabalho, salário e a qualificação da estrutura dos sete campi da UEM.
Foram mais de quatro meses de negociação, havendo inúmeras divergências entre os técnicos e o Governo. Em muitas ocasiões, o atraso na apresentação das propostas do Estado agravou a situação, fazendo com que a greve fosse deflagrada.
Nesse período, os servidores técnicos cruzaram os braços por mais de 10 dias, paralisando os serviços de limpeza, auxílio nos laboratórios utilizados para as aulas práticas dos acadêmicos, o fechamento temporário da biblioteca, secretaria e demais órgãos administrativos.
Com a ameaça governamental de que não haveria propostas se a greve continuasse, os servidores decidiram suspender as ações grevistas. O prazo dado para esse procedimento se encerrou na sexta-feira (19), e os servidores puderam ter conhecimento do que poderá ser acordado nos próximos dias.