Os servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) iniciaram greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (11). De acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensinos de Maringá (Sintemar) cerca de 80% do quadro dos funcionários da UEM já aderiram à paralisação. Segundo Almir Carvalho de Oliveira, secretário do Sintemar e membro do comando de greve, a paralisação afeta os serviços da biblioteca do campus Maringá, Restaurante Universitário (RU) e Hospital Universitário (HU).
De acordo com Oliveira, os serviços de laboratórios de pesquisas permanecem nesta terça-feira, mas também devem ser paralisados nos próximos dias. A greve afeta todos os alunos dos campi da Universidade. “Sem esses serviços técnicos não há possibilidade dos professores continuarem as aulas”, afirma o secretário.
A principal reivindicação dos funcionários é o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) dos técnicos administrativos e realização de concursos para a contratação de novos funcionários. “Queremos ser atendidos e tratados como os professores. Queremos a mesma atenção para tratar e resolver os nossos problemas”, defende Oliveira.
De acordo com secretário, a falta de funcionários sobrecarrega os trabalhadores atuais, o que afetaria, também, a qualidade dos serviços. De acordo com Oliveira, o governo estadual teria prometido discutir as reivindicações dos servidores no mesmo projeto de Lei que atendeu às solicitações dos docentes das universidades estaduais, no final de agosto. “Eles já voltaram atrás algumas vezes. Marcam conversa com nossos representantes estaduais e desmarcam. Queremos conversar sobre nossa situação também.”
Ainda segundo Almir de Oliveira, os servidores da UEM querem que o atual reitor, Júlio Santiago Prates Filho, trate com mais atenção e defenda as reivindicações dos funcionários. “A Universidade é um todo que depende, além de professores e alunos, dos funcionários. Posso afirmar que nunca fomos tão desassistidos como na atual gestão.”
Em nota, a reitoria afirma “vir a público manifestar seu apoio às reivindicações apresentadas, solidarizando-se com os objetivos do movimento que busca a devida valorização dos Agentes Universitários por meio da reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Salários.”
No mesmo documento, a reitoria garante interesse de alcançar o mais breve retorno à normalidade, sobretudo das atividades essenciais, como as desenvolvidas no HU. “A UEM está mantendo contato com os reitores das universidades e governo estadual para que as reivindicações sejam prontamente atendidas”, declara em nota.
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