Após o fim do movimento grevista dos
docentes das universidades estaduais, agora são os técnicos destas
instituições que prometem cruzar os braços. Após uma reunião com
representantes do governo do Estado nesta segunda-feira (27), líderes
sindicais que representam a categoria disseram que as negociações foram
"um fracasso".
Para expor a
situação, uma assembleia deve ser realizada a partir das 8h desta
quinta-feira (30), no Restaurante Universitário da Universidade
Estadual de Maringá (UEM). Entre os assuntos debatidos estará o
indicativo de greve.
Reuniões
idênticas devem ocorrer em todas as universidades estaduais esta
semana. Nesta terça-feira, os servidores de Ponta Grossa deliberaram
que o indicativo de greve será discutido no dia 5 de setembro, com
possibilidade de deflagração no dia 11.
Negociação
Em
junho, os servidores da UEM aprovaram o indicativo de greve em
assembleia, mas retiraram o aviso no dia 13 de agosto, após o governo
apresentar uma proposta que agradou a categoria. "Demos o voto de
confiança para eles. Houve entendimento com os docentes, mas a
negociação com os técnicos retrocedeu", fala o presidente do Sindicato
dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar),
Éder Rossato.
O
governo havia se comprometido em conceder reajustes de cerca de 35%
para os técnicos de nível fundamental (pessoal de apoio); 20% para os
do ensino médio mantido pelas universidades; e 6% para os cargos de
nível superior.
"Eles
deveriam ter nos apresentado este projeto na segunda-feira, mas não
fizeram isso. Desejávamos a sua implantação a partir de outubro deste
ano e eles agora falam em março do ano que vem. Estamos cansados, pois a
negociação já dura mais de um ano", diz Rossato.
Conforme
o presidente, a categoria também exige a reestruturação da carreira
dos servidores. "Isso significa amenizar distorções. Existem servidores
que exercem funções com graus de complexidade maior, mas que não são
devidamente recompensados por isso", afirma.
Eles
também pedem que funcionários que adquiriram títulos no decorrer da
carreira sejam recompensados por isso. "Hoje o servidor recebe um
acréscimo no salário a cada título que conquista. Inicialmente o Governo
sinalizou que deseja contar esse benefício, mas depois voltou atrás.
Por precaução, queremos que o Governo transforme esse direito em lei.
Havia a promessa que eles iriam apresentar a minuta do projeto nesta
segunda-feira, mas nada foi feito e não há previsão de que isso ocorra",
aponta.
De
acordo com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
(Seti), o governo estuda o impacto da implantação da nova tabela no
orçamento estadual. "A mensagem para a Assembleia Legislativa deve ser
encaminhada no final de setembro ou começo de outubro, sem prejuízo
quanto ao prazo final de implantação. Estamos vencendo as dificuldades e
mantendo o diálogo com os sindicatos", afirmou o secretário Alípio
Leal durante a reunião com os representantes dos sindicatos. Leal
lembrou que é difícil trabalhar com prazos, "trabalhamos com etapas
para alcançar o resultado".
De
acordo com o secretário, todo o esforço está sendo feito para aprovar a
nova tabela neste ano e implantá-la no primeiro trimestre de 2013.
Leal também sugeriu uma reunião a cada 10 dias com os sindicatos para
acompanhar o andamento do processo.
A
nova tabela traz avanços salariais para as várias faixas da categoria e
integra o plano de carreira do pessoal técnico das instituições.
http://agazetaassai.blogspot.com/2012/08/tecnicos-da-uem-discutem-indicativo-de.html