A reunião dos docentes acontece a
partir das 9h do auditório do Dacese, na UEM. "Nesta segunda-feira, o
comando sindical está em reunião com o Governo do Estado. Independente
do resultado, existe uma grande chance de entrarmos em greve", fala
Marta Bellini, vice-presidente da Seção Sindical dos Docentes da UEM
(Sesduem).
Na
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), os professores estão em
assembleia permanente, com atividades paralisadas, desde a última
quinta-feira (16). Nesta semana, a Universidade Estadual do Oeste do
Paraná (Unioeste) realiza assembleia na terça-feira e a Universidade
Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) na quinta-feira (23). Na
Universidade Estadual de Londrina (UEL), a assembleia deve ocorrer no
dia 3 de setembro.
Reivindicações
Os
professores exigem a aprovação do projeto de lei que equipara o salário
dos professores universitários com o dos técnicos de nível superior do
Estado. "Hoje, um técnico com graduação entra ganhando cerca de R$ 2,3
mil, enquanto o professor recebe R$ 1,8 mil. É um absurdo, e exigimos a
equiparação desses valores", afirma Marta.
No
dia 15 de agosto, o governador Beto Richa enviou à Assembleia
Legislativa mensagem concedendo reajuste salarial de 7,14% para os
professores, refente à primeira parcela do plano de equiparação. As
demais reposições serão realizadas anualmente, sempre no mês de outubro.
O
sindicato da UEM, no entanto, afirma que deve entrar em greve e só
retornar às atividades quando a mensagem estiver sancionada pelo
governador. "Estamos em negociação há um ano e meio. Eles se
comprometeram em pagar a diferença de 31,73% em três parcelas mensais a
partir de fevereiro, mas não cumpriram o acordo. Por isso, não
acreditamos mais nesta conversa, e exigimos que seja colocado em prática
o que foi negociado", diz Marta.
Os
sindicatos querem que o projeto seja colocado em votação em regime de
urgência na Assembleia Legislativa. "Se isso for feito, o governador
pode sancionar o aumento já na quinta-feira, e assim ficaríamos apenas
três dias em greve. Vai depender da boa vontade do governo e dos
deputados", explica a sindicalista.
A
assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa informou que o projeto
deve ser lido em plenário na sessão desta segunda-feira, e que existe
um interesse geral dos deputados para que ele seja aprovado rapidamente.
No entanto, o resultado só será conhecido no final desta tarde.
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