A assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (16) no câmpus-sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM) culminou com a aprovação de greve dos professores da instituição a partir de terça-feira (21). No total, 144 docentes votaram a favor da paralisação, entre 150 presentes na reunião promovida pela Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem).
A paralisação será por tempo indeterminado caso a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) não aprove a proposta de reajuste salarial de 31,73% prometida aos professores das universidades estaduais. O governador Beto Richa assinou nesta quarta-feira (15) a mensagem a ser enviada à Alep que autoriza o reajuste, dividido em quatro parcelas até 2015.
A greve também é uma forma de pressionar o governo a sancionar a lei a tempo de que a primeira parcela, equivalente a 7,14%, seja paga em outubro deste ano, conforme o acordo estabelecido em março deste ano. Segundo a Sesduem, duas rodadas de negociação já aconteceram com o governo, mas a equiparação salarial com o quadro técnico das universidades estaduais ainda não foi iniciada.
Ainda de acordo com a Seção Sindical, os professores universitários do Paraná são os únicos do País que recebem salário inferior aos técnicos administrativos das universidades. Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa também ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado caso o acordo não seja cumprido pelo governo.