Os alunos da UEM (Universidade Estadual de Maringá) do campus de Umuarama realizaram nesta terça-feira (31) uma paralisação das atividades acadêmicas com o intuito de reivindicar pacificamente investimentos na unidade. De acordo com os acadêmicos, falta infraestrutura no campus, o que inviabiliza a qualidade das pesquisas e projetos de extensão.
Como forma de protesto, os estudantes confeccionaram cartazes, pintaram seus rostos e marcharam até o centro da cidade. A primeira parada aconteceu na Prefeitura, onde os alunos chamaram pelo prefeito Moacir Silva e solicitaram sua ajuda na conquista de investimentos para a unidade. Nenhum representante da Prefeitura falou com os estudantes.
Na sequência os manifestantes estiveram na Câmara de Vereadores, onde reivindicaram o meio passe no transporte escolar, exigindo o apoio da Câmara de Vereadores para atender as necessidades dos alunos que não possuem esse benefício. O vereador Osvaldo Leiteiro falou com os alunos, porém, informou que a Câmara não tem meios para interferir na questão do meio passe.
Os alunos prometeram voltar ao centro cívico e determinaram o prazo de uma semana para que os representantes municipais apresentem alguma proposta em relação ao transporte.
LEGISLATIVO
O presidente da Câmara de Vereadores, Marcelo Nelli, relatou à reportagem do Tribuna Hoje que o fornecimento do meio passe referente ao transporte escolar é definido pelo Executivo e a empresa de transporte público urbano e não pela Câmara de Vereadores. “Um contrato foi elaborado pela Prefeitura e a empresa e nele não consta a proposta exigida pelos alunos da UEM. O Legislativo fez um intermédio durante a execução do contrato para que houvesse esse desconto nas passagens dos acadêmicos, mas a diminuição do valor não está prevista no documento. O que poderia ser feito agora é uma revisão no contrato por parte da empresa e do Executivo, efetuando um contrato bilateral”, afirma Nelli. Ainda segundo o presidente do Legislativo, os acadêmicos da Universidade deveriam relatar à empresa de transporte público o aumento do fluxo de passageiros ao fornecer 50% de desconto no transporte. Ao apresentar esses números, as chances de se obter o meio passe são maiores, acredita Nelli.
REIVINDICAÇÕES
Os acadêmicos da UEM realizaram a manifestação ontem também como forma de apoiar os professores e servidores que já realizaram paralisações e podem entrar em greve nos próximos dias.
A contratação de professores efetivos é um problema que atinge há anos a universidade, pois são contratados apenas professores temporários.
A reitoria é impedida de efetivá- los sem uma autorização do Governo Estadual. A falta de salas de aulas para as próximas turmas que ingressarão nos cursos de engenharias no ano letivo de 2013 também está na pauta de reivindicações dos discentes.