A Unidade de Proteção de Cultivos da BASF firmou, no final da
tarde da última quarta-feira (25-07), uma parceria com a Universidade
Estadual de Maringá (UEM/ITAM) para realização de estudos de eficácia em
culturas com cobertura fitossanitária insuficiente (conhecidas também
como minor crops), ou ainda, cultivos para os quais não há ou que
existam poucas opções de defensivos agrícolas registrados, tais como
melão, morango, alface, pimentão, repolho, entre outros.
Nessa parceria, a BASF apoiará a Universidade na realização da
pesquisa científica, que será conduzida por uma equipe multidisciplinar
coordenada pelo professor Dr. José Usan Torres Brandão Filho nos
próximos dois anos. A parceria tem como principal objetivo auxiliar os
agricultores que não dispõem de opções para o controle de ervas
daninhas, pragas e doenças em frutas e vegetais. Inicialmente, os
estudos serão realizados em quatro produtos do portifólio da BASF cujos
registros futuramente poderão ser estendidos a 16 diferentes culturas
com cobertura fitossanitária insuficiente.
“Além de fomentar a pesquisa científica, a parceria comprova o
interesse e a responsabilidade que a BASF tem em atender agricultores
que atualmente não disponibilizam de produtos devidamente registrados
para o controle fitossanitário”, argumenta Walter Dias, gerente técnico
de projetos da área de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade de Proteção
de Cultivos BASF.
Normativa – Publicada em fevereiro de 2010 pelo
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), a instrução
normativa conjunta número 1 (hum) regulamenta o uso de defensivos
agrícolas para as culturas com cobertura fitossanitária insuficiente, as
denominadas minor crops. Esta normativa estabelece que o agrupamento
das culturas seja feito por critérios de similaridade alimentar e
fitotecnia, elegendo desta forma as culturas representativas para cada
grupo. “O objetivo é que os valores do Limite Máximo de Resíduo (LMR) se
estendam para além das culturas que já tenham produtos registrados”,
explica Dias.
Na medida em que os estudos científicos conduzidos pela UEM
avancem, um dos grandes benefícios ao agricultor previstos é a adequação
às normas de Boas Práticas Agrícolas, além da segurança no controle das
principais doenças, pragas e ervas daninhas que atacam culturas
naturalmente mais frágeis, dando maior viabilidade econômica ao programa
de produção integrada.
Sobre a UEM/ITAM
Criada em 1970, a Universidade Estadual de Maringá, está localizada
no Noroeste do Paraná, região que possui mais de dois milhões de
habitantes. Atualmente, a UEM oferece mais de 60 cursos de graduação,
120 de especialização, 31 mestrados acadêmicos, dois mestrados
profissionais e 21 doutorados. A Universidade está entre as 20
instituições brasileiras mais produtivas em pesquisas científicas e
tecnológicas, sendo referência entre as universidades do Paraná. Líder
no recebimento de bolsas de produtividade em pesquisa, concedidas pelo
CNPq. O curso de agronomia foi criado em 1977, atendendo à economia da
região que está fortemente ligada na atividade agrícola.
A pesquisa será coordenada pelo Prof. Dr. José Usan Torres Brandão
Filho, formado pela UEM, quen atualmente ministra aulas nas áreas de
horticultura, olericultura, fruticultura e defesa fitossanitária nos
cursos de graduação e pós-graduação da instituição. Sócio ativo da
Sociedade Brasileira de Horticultura há 25 anos, foi presidente do 48º
Congresso Brasileiro de Olericultura, realizado em Maringá, no ano de
2008.
“Os testes que faremos servirão para comprovarmos, ou não, se o
produto estudado será eficiente no controle da praga, doença, ou erva
daninha”, explica o professor José Usan. “Estamos muito entusiasmos para
darmos início a esta pesquisa, que certamente contribuirá para o
desenvolvimento de alternativas a um grupo importante de produtores
rurais dedicados a cultivos de baixo controle fitossanitário”, finaliza o
professor. Ele ainda disse acreditar que esta é a primeira de muitas
parcerias entre a UEM e a BASF.
Em breve, as duas instituições também assinarão convênio
“guarda-chuva”, que viabilizará outras quatro pesquisas, com vistas,
inclusive, ao desenvolvimento de tecnologias em diferentes áreas. Esta
decisão foi tomada durante o encontro que a equipe da BASF teve com o
reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho. Além do professor Usan e de
Walter Dias, estiveram presentes na ocasião a gerente de Inovação para a
América Latina da BASF, Sandra Takaki, e o consultor de Inovação da
empresa, Rafael Belani, além dos professores da UEM: José Gilberto
Catunda Sales, João Vida, Rubem Silvério de Oliveira, Humberto Silva
Santos, Janil Constantin e Emy Luiza Ishii Iwamoto.
A Universidade ainda foi convidada formalmente a participar do Top
Ciência 2012, evento em que pesquisadores de todo o país levam propostas
de pesquisas para serem avaliadas pela BASF. Em 2011 o professor João
Vida foi um dos ganhadores do prêmio com o projeto Efeito de
piraclostrobina+epoxiconazol no controle da podridão gomosa na cultura
de melão nobre e na qualidade de frutos.