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Universidade Estadual de Maringá (PR) protesta contra corte de verbas, estudantes se manifestam na Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa
No estado do Paraná, estudantes e professores também estão juntos, mobilizados em defesa de um novo modelo de universidade. Na última quarta feira (09/07), a União Paranaense dos Estudantes (UPE) declarou oficialmente o apoio da entidade à paralisação dos docentes da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Participando da Sessão Ordinária da Assembleia Legislativa do estado, o presidente da UPE Rafael Bogoni, levou a sua solidariedade aos professores e ressaltou que, acima de tudo, a greve deve ser um momento de intensificar as lutas pelo investimento no ensino público.
“Queremos que o governo estadual invista na educação. O PIB do Paraná cresceu, não há justificativa para não aumentar a verba para o setor, ou, principalmente, para que haja um corte”, afirmou o presidente da União Paranaense dos Estudantes, Rafael Bogoni.
Apresentou também aos deputados presentes as vitórias já alcançadas pelo movimento estudantil, como a aprovação na Câmara dos deputados dos 10% do PIB para Educação, no Plano Nacional de Educação (PNE), no último dia 26/06, em Brasília, após a #MarchadosEstudantes.
Veja aqui a nota oficial da UPE e dos estudantes da UEM
PROBLEMAS DESDE 2010
O indicativo de greve declarado pelo Sindicato dos docentes e trabalhadores reivindica a reestruturação do Plano de Carreira, Cargos e Salários dos servidores públicos da UEM. De acordo com o sindicato, houve descaso do governador do estado, Beto Richa, com a demanda dos docentes, anteriormente apresentada.
Além disso, desde o final do ano de 2010, a comunidade da UEM vem sofrendo com as consequências de um corte de 38% na verba desta e de outras seis universidades estaduais. Entre os mais prejudicados estão os estudantes que recebiam bolsas de assistência estudantil.
Desde então, o movimento estudantil tem realizado inúmeros protestos e mobilizações contra o corte. Em setembro de 2011, os estudantes chegaram a ocupar a Reitoria da UEM no movimento: “Fora Beto Richa”. Além disso, o próprio reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Júlio Santiago Prates Filho, elaborou uma emenda para que não houvesse o corte. Porém, a medida não chegou a ser votada.
NÚMEROS DA UEM
Segundo o Sindicato, na última década a UEM possuía cerca de 37 cursos de graduação e quase 11 mil estudantes. Atualmente, a instituição tem 66 cursos e mais de 22 mil estudantes matriculados, ou seja, um crescimento respectivamente de 78 % da quantidade de novos cursos ofertados e de aproximadamente 125% no número de alunos.
Hoje a Universidade possui ainda 07 cursos na modalidade a distância e 09 para formação de professores (PARFOR). Na pós-graduação havia 46 cursos que somavam 1066 alunos, hoje são 126 com 5848 alunos, um aumento de 173 % dos cursos de pós graduação e de aproximadamente 448% no número de alunos. No entanto, neste mesmo período não foram contratados professores e técnicos suficientes para suprir essa nova demanda.
http://www.une.org.br/2012/07/upe-declara-apoio-a-greve-dos-docentes-da-uem/