Em dia de paralisação, manifestantes fecharam todos os portões de acesso
à Universidade Estadual de Maringá (UEM) nesta quarta-feira (14).
Apenas o portão em frente à reitoria está aberto.
Foi colocado
fogo em pneus e galhos em frente a três portões da instituição: o
principal, na Rua Professor Lauro Eduardo Werneck, na entrada que dá
acesso à Rua Bragança e também na Rua Dez de Maio.
Representantes
do movimento, como o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Sindicato
dos Trabalhadores do Ensino Superior de Maringá (Sinteemar) negam ter
aprovado utilização de fogo nos protestos. Alguns dizem que seria uma
atitude de movimentos antigrevistas, com o intuito de manchar a
reputação dos manifestantes.
A Prefeitura do Campus está colocando areia nas barricadas, para apagar o fogo.
As
atividades na universidade estão paralisadas. Cerca de 300 pessoas
participam de uma assembleia geral em frente ao Restaurante
Universitário (RU), que teve início por volta das 9h. Eles fazem apitaço
e cantam várias canções de protestos.
Os manifestantes devem
ficar em vigília até o fim da tarde, quando haverá uma assembleia com
representantes de diversas universidades estaduais em Curitiba, para
decidir se os docentes entrarão em greve. Três ônibus de Maringá saíram
na noite de ontem em direção à capital para participar dos protestos.
Conforme
o Sinteemar, durante a vigília serão repassados aos manifestantes
informações das negociações em Curitiba, além de debates sobre as
receitas e despesas do Estado, previdência social e plano de saúde.
Reivindicações
- Professores universitários pedem, entre outras reivindicações,
equiparação salarial com técnicos administrativos das instituições. Na
semana passada, o governador Beto Richa (PSDB) anunciou a suspensão do
corte de 2,7% nas verbas de custeio da UEM, o que também era exigido
pela classe. A resposta quanto ao salário deve ser apresentada no dia
20. O principal pedido dos técnicos é quanto à estruturação da carreira,
com a elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).