A Reitoria da Universidade Estadual de Maringá encaminhará hoje
ofício às entidades ligadas ao movimento de paralisação das atividades
administrativas e acadêmicas, realizados nesta quarta-feira. No
documento, assinado pelo reitor Júlio Santiago Prates Filho, ele
manifesta-se contrário aos acontecimentos registrados no câmpus sede da
universidade, no que diz respeito à depredação do patrimônio público e
ao constrangimento ao trânsito dentro da instituição.
Durante a paralisação de professores, técnicos e alunos, manifestantes
fecharam todos os portões de acesso à UEM ateando fogo em pneus e galhos
de árvore na frente e atrás dos portões, impedindo a entrada de
veículos. Além disso, foram observadas diversas pichações em alguns
blocos e setores da Universidade, promovendo nítidos danos ao patrimônio
público.
Embora faça questão de reafirmar seu apoio às reivindicações do movimento, o reitor discorda da estratégia de impedir o livre acesso dos servidores e estudantes ao câmpus, condenando a queima de pneus. Ato que, segundo ele “constitui uma forma de intimidação às pessoas, agravada com a interdição do trânsito no câmpus, colocando em risco o patrimônio público”. Um incidente lamentável que, ainda segundo o reitor, provocou fumaça tóxica que atingiu inclusive a área externa da universidade. Os danos só não foram maiores porque alguns servidores da instituição, mesmo participando do movimento, se mobilizaram para apagar o fogo garantindo a segurança no local. “Quero expressar meu agradecimento a esses servidores em particular e ao movimento em geral, cuja luta considero legítima”, declarou o reitor, destacando apenas seu repúdio aos atos extremados, aos quais ele determinou a apuração de responsabilidades.Prates Filho também informou que a Reitoria da Universidade está empenhada em construir uma agenda conjunta com o movimento, unindo forças para lutar pelas reivindicações com o governo do Estado. “A luta é de todos”, frisou. (ASC/UEM)
http://angelorigon.com.br/2012/03/15/reitor-condena-acoes-ocorridas-ontem/