Maringá também tem sua revista Veja, ela se chama O Diário.
Na
edição desta quarta-feira, 31/08/2011 o colunista Milton Ravagnani
demonstrou achar normal a demora burocrática do atendimento às
reivindicações estudantis, ressaltou que o dinheiro deve ser controlado.
Isso não ocorre com as obras da Copa com obras sem licitação, pois
eventos que angariam prestígio ao Estado são prioritários, mas a
educação não é.
Na
esteira do jornal também tenta desqualificar a ocupação. O movimento
incomoda, porque demonstra a capacidade de mobilização estudantil, e
isso deve ser reprovado, porque a esse precedente de sucesso podem
suceder outros na conservadora Maringá. Afinal, desde sempre e em toda
parte a direita condena ações populares. Quem ler a coluna notará o
ranço perene contra os partidos de esquerda. Outrora essa postura
reacionária já foi mais intensa...
Sobre
a exploração da renda das fotocopiadoras e das cantinas é natural que a
renda seja revertida para o órgão estudantil, afinal são os estudantes
que utilizam esses serviços.
Sobre
a criminalização do movimento Ravagnani aventa que os estudantes
estariam melhor informados se conhecessem as leis. Ele tem batido nessa
tecla constantemente, a da ignorância popular em relação às leis. Cito o
caso do aumento de vereadores, no qual defensores do projeto da
elevação do número de cadeiras fingem esperar decisão de uma instância
superior, quando na verdade a decisão final é dos próprios vereadores.
Esse é um debate que deveria ser expandido. Será que o colunista
apoiaria o ensino escolar do Direito, da Constituição nas escolas para
que haja cidadania de fato, para que o povo não seja enganado?
Defenderia a quebra do monopólio dos advogados em relação ao acesso às
leis? Ou não, pois isso significaria dar poder demais à população que,
mesmo nas condições que conhecemos, se mobilizam e provocam reações
significativas e esclarecedoras como as que vemos no movimento de
ocupação da reitoria da UEM.
Alex
História - UEM