O estudo foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a UEM, UniCesumar e Uningá
Na última quinta-feira, 16, pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) apresentaram os resultados de um estudo que analisou a disseminação do Coronavírus em bairros da cidade de Maringá. O estudo foi desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a UEM, UniCesumar e Uningá.
A metodologia implicou na realização de testes rápidos, realizados em quatro etapas com intervalo de 15 dias cada. Os resultados foram informações e números sobre contágio, sintomas, perfil e hábitos de moradores da cidade.
De acordo com Dennis Bertolini, chefe do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina e coordenador do Laboratório de Virologia Clínica da UEM, os testes rápidos, verificam a produção de anticorpos como um mecanismo de defesa, e “foram interpretados por um profissional de saúde, considerando informações clínicas, sinais e sintomas do paciente” explica o coordenador.
Segundo Daniele C. Tita Granzotto, do Departamento de Estatística da UEM, o estudo indicou que, para cada uma pessoa com resultado positivo ao coronavírus, haveriam outras seis sem testagem, mas que teriam a doença. No caso de Maringá, com população de 423,6 mil habitantes, a média seria de um infectado a cada 105 habitantes.
O estudo também indica que o número de pacientes infectados pelo coronavírus em Maringá pode ser até 6,74 vezes maior que os dados oficiais divulgados diariamente pela Prefeitura. Fato que reforça a grande quantidade de positivados assintomáticos ou oligossintomáticos – que apresentam sintomas leves da doença.
Com 2.517 casos confirmados até esta sexta-feira, o município pode ter cerca de 17 mil infectados. Isso representa 14,5 mil a mais que o número registrado desde o início da pandemia. “Esses resultados vêm reforçar as medidas de prevenção e evidenciar a importância do isolamento social para conter a disseminação do vírus”, conclui Bertolini.