Em reunião realizada pela Internet, iniciada hoje (7) pela manhã e que adentrou a noite, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) decidiu, por o mundo vivenciar um “momento de exceção”, suspender as aulas presenciais (tecnicamente chamadas de “calendário letivo”, que é apenas um dos componentes do “calendário acadêmico”).
Foi cogitado migrá-las temporariamente para as aulas remotas para graduação, mas esta proposta foi descartada.
Os conselheiros definiram que a universidade deverá propor atividades acadêmicas não obrigatórias a distância.
Na sessão, que durou mais de dez horas, houve apreciação e discussão do Parecer 001/2020 da Câmara de Graduação, Extensão e Educação Básica e Profissional (CGE) do CEP, do relator Oduvaldo Câmara Marques Pereira Júnior, bem como de dois pareceres de vista referentes ao primeiro documento, respectivamente dos conselheiros Jeselay Hemetério Cordeiro dos Reis Brasil e Luiz Fernando Lolli.
As aulas presenciais do 1º semestre de 2020, previstas para terem começado em 6 de abril, nem sequer haviam iniciado, devido ao isolamento social usado como enfrentamento à covid-19. Mesmo sem estar, até então, com realização de aulas presenciais, oficialmente o calendário letivo da UEM seguia em vigor, já que só poderia ser suspenso por deliberação em plenária do CEP, o que acaba de ocorrer. Quanto aos Programas de Pós-Graduação, por ora estes seguem com atividades remotas.
A reunião virtual, presidida pelo reitor Julio César Damasceno, chegou a atingir 164 participantes, a maioria conselheiros: 82 votaram a favor da suspensão; 47 foram contrários; e 1 se absteve. Desde abril, a UEM vinha consultando alunos e professores, de forma on-line, para saber se seria ou não viável a eles a promoção do ensino presencial remoto, que resumidamente se trata da oferta de aulas com uso de Internet e demais tecnologias para que os alunos assistam-nas em casa.
ASC/UEM