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Uma das últimas universidades do Paraná a não adotar o sistema de cotas raciais pode decidir nesta quarta-feira (20), se aprova o início desse sistema. O Conselho de Ensino e Pesquisa da UEM (Universidade Estadual de Maringá) irá votar a proposta, que em primeira análise – realizada no dia 7 de novembro, recebeu aval positivo. 144 conselheiros terão direito a voto para decidir se a UEM irá implantar o sistema de cotas raciais em seu vestibular.
O tema tem sido foco de debates na UEM há mais de um ano. Se a proposta for aprovada pelo Conselho da universidade, 20% das vagas do vestibular serão destinadas para estudantes pretos ou pardos, sendo que 15% para alunos de escolas públicas e com renda de até um salário mínimo e meio e outros 5% para a livre concorrência.
Essa é a segunda vez que a UEM discute a implementação das cotas raciais. Em 2009, o entendimento do Conselho foi de que as cotas sociais já supriam o acesso de alunos negros e pardos ao ensino da universidade.
A professora da UEM e coordenadora do NEIAB (Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros), Marivânia Araújo, está otimista com a possibilidade das cotas raciais serem aprovadas no conselho superior.
“A intenção é que as cotas sejam aprovadas, ainda que tardiamente. É uma política afirmativa necessária pra universidade do ponto de vista da inclusão, social, racial e igualitário. As cotas já são uma realidade em várias universidades em diversos os estados e agregam resultados positivos e efeitos importantes pra essas instituições”, destaca a professora que é uma das integrantes do Grupo de Professores Pró-Cotas raciais na UEM.
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