A mobilização aconteceu em frente ao Núcleo Estadual de Educação na avenida Carneiro Leão. Governo pede suspensão da greve por uma semana.
O primeiro dia da greve dos servidores públicos estaduais em Maringá, foi marcado pela concentração dos professores da rede pública de ensino, que se concentraram em frente ao Núcleo Estadual de Educação na Avenida Carneiro Leão, centro de Maringá.
De acordo com Fábio Cardoso, dirigente da APP Sindicato, cerca de 2000 pessoas (70%) entre professores e servidores, aderiram ao movimento paredista.
Os servidores querem 4,94% de reposição salarial referente às perdas dos últimos 12 meses.
Fábio Cardoso enfatiza que os servidores não recebem reposições desde 2016, quando o então governador Beto Richa promoveu ajustes na economia do Estado, e negou aumento ao funcionalismo. De acordo com os sindicatos, a defasagem nos salários chega a 17%.
Em Maringá, além dos professores, outras categorias também aderiram à greve. Agentes penitenciários e servidores do setor da saúde também aderiram mas não participaram do ato desta manhã, promovido pelos professores na Avenida Carneiro Leão.
Amanhã, os professores e as categorias que já participam da greve, ganham um reforço de peso. Os servidores da UEM fecham os portões da universidade e aderem à greve.
A APP Sindicato de Maringá já confirmou que a partir da 9h, acontece uma nova concentração em frente ao Núcleo Estadual de Educação mas que estuda-se a possibilidade de organizar um ato unificado com servidores da UEM e de outros setores do funcionalismo público.
Dados não oficiais indicam que cerca de 1800 estudantes ficaram sem aulas em Maringá. A maioria das escolas registraram paralisação em 80% das aulas e serviços.
BALANÇO DA A GREVE NO ESTADO
A greve é por tempo indeterminado e por enquanto o Governo do Estado ainda não sinalizou com a possibilidade de oferecer aumento ou de reabrir as negociações com os servidores. A única novidade em relação ao diálogo entre as partes diz respeito ao pedido que o Governo teria feito às 28 categorias de servidores envolvidas na greve, para que suspendessem a greve por uma semana para tentar encontrar uma saída para o impasse. Após o pedido do Governador, a Polícia Civil suspendeu as operações padrão e as delegacias voltaram a funcionar normalmente.
Em todo o Estado, entre as categorias que aderiram à greve estaõ professores e funcionários das escolas estaduais, servidores da saúde, da agricultura, meio ambiente, agentes penitenciários, servidores e professores das universidades estaduais de Maringá, Londrina e Ponta Grossa.
Por enquanto, policiais militares e civis aderiram ao movimento mas não paralisaram as atividades.