Depois de 15 dias, os servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) decidiram suspender a greve na manhã desta terça-feira (25). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), cerca de 800 pessoas participaram da reunião, que contou com apenas 12 votos contrários e três abstenções. Com isso, as atividades da universidade devem ser retomadas integralmente na manhã de quarta-feira (26).
O secretário do Sinteemar, Almir Carvalho de Oliveira, explica que, apesar da suspensão, os servidores permanecem em estado de greve até o próximo dia 19, quando o governo estadual deve enviar à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) o projeto de lei com os reajustes do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). “Até lá, esperamos retomar a negociação com o governo. Queremos encontrar um consenso entre a proposta do sindicato e a das lideranças políticas.”
Oliveira afirma, ainda, que a administração e o reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, assumiram o compromisso de defender as reivindicações dos servidores junto ao governo do estado. O apoio foi formalizado em um documento na tarde de segunda-feira (24).
Reivindicações
A principal reivindicação dos funcionários é um novo Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e a realização de concursos para novas contratações. “Queremos ser atendidos e tratados como os professores. Queremos a mesma atenção para resolver os nossos problemas”, defende Oliveira.
De acordo com secretário, a falta de funcionários sobrecarrega os servidores atuais, afetando, também, a qualidade dos serviços prestados. Segundo ele, o governo estadual prometeu discutir as reivindicações dos servidores no mesmo projeto de lei que atendeu às solicitações dos docentes das universidades estaduais, no final de agosto.