Documento conta com 23 itens, entre os quais a exigência de não criminalização da ocupação da reitoria, já foi entregue ao governador em exercício, Flávio Arns
O governador em exercício, Flávio Arns, recebeu a nova pauta de exigências dos acadêmicos nesta sexta-feira
Os estudantes que ocupam a reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) entregaram na tarde desta sexta-feira (26) uma nova pauta de reivindicações. Desta vez, o documento conta com 23 itens.
Entre os novos pedidos, está a construção de novos blocos , o aumento no valor das bolsas e a criação de um plano de assistência estudantil. O documento foi entregue para a chefe de gabinete, a professora Magda Lúcia Félix de Oliveira. Segundo a assessoria de imprensa da UEM, a mensagem é destinada ao governador Beto Richa.
ultima = 0;Algumas das reivindicações dos universitários da UEM
- Construção de novos blocos e finalização dos já iniciados;
- Abertura de concurso para professores e técnicos;
- Transformação de bolsa de formação acadêmica em bolsas de pesquisa, ensino e extensão;
- Redução dos preços cobrados pelas copiadoras instaladas dentro da universidade;
- Garantia de transporte para participação em congressos e visitas técnicas; a construção de espaços de vivência para a comunidade universitária em todos os campi;
- Fim da cobrança de todas as taxas, incluindo as de pós-graduação latu sensu, que são os cursos de especialização;
- Garantia de mais verbas para a conclusão das obras Casa do Estudante;
- Criação de um plano estadual de assistência estudantil, com rubrica específica de R$ 400 milhões;
- Reversão do corte de verbas para a educação, com destinação de 10% do PIB;
- Aumento no valor das bolsas.
Na pauta, os alunos justificam que a ocupação é um ato de protesto contra o corte de verbas dos governos estadual e federal, que compromete a qualidade da universidade pública. Os integrantes do movimento também pedem a garantia de não criminalização da ocupação.
O protesto que já dura 24 horas foi um manifesto contra o corte de verbas da educação feito pelo governo estadual no início do ano, a falta estrutura do Restaurante Universitário (RU) e a inexistência de unidades do RU nos outros campi da instituição
Governador recebe as reivindicações
De acordo com a assessoria da UEM, o documento já foi entregue para o governador em exercício, Flávio Arns, que nesta sexta esteve em Sarandi, onde participou de uma reunião com o reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho.
Arns informou que o governador Beto Richa está sendo informado sobre o caso. Além disso, ele garantiu que a pauta de reivindicações será encaminhada para o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal.
Reitor da UEM exige retirada de estudantes
O reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, exigiu que os universitários deixem imediatamente o prédio da reitoria, que está ocupada por centenas de manifestantes desde a tarde de quinta-feira (25). Durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta (26), o reitor informou que nunca se negou a negociar com os estudantes.
Segundo Prates Filho ele, a atual administração vem fazendo inúmeros esforços para dar melhores condições aos universitários. “Nesse sentido, implantamos, no início da gestão, em outubro do ano passado, uma assessoria de assistência estudantil, que está fomentando a criação de uma política de assistência estudantil dentro do governo do estado”, afirmou, em entrevista ao site da UEM.
Na ocasião, Prates Filho também listou uma série de medidas adotadas pela universidade, como a construção da Casa do Estudante, que servirá de moradia para os alunos. A primeira etapa das obras está em fase de conclusão, com investimento de cerca de R$ 1,1 milhão. Segundo o reitor, a universidade também investiu cerca de R$ 2,5 milhões em bolsas de formação acadêmica.
Restaurante Universitário
Com relação ao Restaurante Universitário (RU), Prates Filho informou que já fez um pedido de contratação de funcionários (em estudo na Seti) e que uma proposta está sendo encaminhada ao Conselho de Administração (CAD), uma proposta para isenção de taxas do RU para estudantes carentes. A inclusão de uma opção vegetariana no cardápio do restaurante, solicitada pelos alunos, teria início a partir de segunda-feira, a princípio duas vezes por semana. A inclusão dos outros dias dependeria da compra de novos equipamentos (que já teriam sido licitados), e de ajustes na cozinha.
O reitor também informou que está em andamento o projeto de construção do RU-II, com a participação de dois alunos bolsitas (um de Engenharia Civil e outro de Arquitetura). Para os campi regionais, a Reitoria informa que um modelo de edital será apresentado para licitar o fornecimento de alimentos , com custos semelhantes aos do RU. A UEM destina anualmente cerca de R$ 600 mil ao RU. O café da manhã custa R$ 0,50 e as refeições custam R$ 1,40 para mensalistas e R$ 1,60 para refeições avulsas. Funcionários pagam R$ 2,60.