Apesar do aumento da inadimplência, comerciantes esperam movimento maior; crise ainda não afetou varejo
A
crise econômica global não deve afetar o desempenho do varejo neste
Natal. As associações comerciais de três cidades-pólo do interior do
Paraná esperam crescimento nas vendas, apesar do aumento da
inadimplência em Londrina e Ponta Grossa. O movimento está amparado,
principalmente, no aumento do emprego formal e no crescimento da renda
das famílias. Além disso, os reflexos da crise chegaram apenas a alguns
setores do varejo, como a construção civil, automóveis e autopeças.
Estimativas apontam para vendas 10% maiores em Londrina; entre 10% e
15% em Ponta Grossa; e entre 4% e 6% em Maringá.
Em Londrina a inadimplência cresceu 2,43% no mês passado, depois de um aumento de 27% em outubro e altas consecutivas desde junho. Este ano deverá ser encerrado com um aumento no número de maus pagadores com relação ao ano passado, que registrou índices muito baixos - considerados até atípicos - na avaliação da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil). ''O aumento na inadimplência é fruto da política de vendas até porque a inadimplência é medida pelo SCPC, que são as vendas feitas pelo crediário'', avalia o presidente Marcelo Cassa. Ele acrescenta que as vendas também cresceram todos os meses e que devem manter o ritmo.
A avaliação é que a cidade ganhou novos atrativos como o Planet Shopping (localizado na Zona Norte), a expansão do Catuaí Shopping e a própria atratividade do centro. ''A Região Norte do Paraná é uma das que mais cresceu e Londrina é uma cidade-pólo'', avalia Cassa. Já a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) reduziu as projeções de vendas para o Natal depois do estouro da crise global. Até o primeiro semestre, a expectativa era de movimento entre 15% e 25% maior, rebaixado agora para um crescimento entre 4% e 6%.
''Mesmo assim 2008 será um ano bom, a nossa preocupação é com 2009 porque a crise pode rebater no comércio'', avalia Massimiliano Silvestrelli, vice-presidente da Acim. Apesar da análise, pesquisa mensal realizada pela Acim indica números positivos. No mês passado, 89,1% dos consumidores disseram não ter contas em atraso (o maior índice do ano) e 84,3% dos entrevistados afirmaram que não têm restrição ao crédito. Mesmo assim, o índice de confiança do consumidor (formado a partir de quatro indicadores) caiu 6% em novembro na comparação com outubro. Já em comparação com novembro do ano passado o índice subiu 3,5%.
''Os números mostram que os consumidores estão acertando suas dívidas com o 13º recebido para comprar no Natal e poderá haver exageros. Os comerciantes devem ter cautela, quem vender desesperadamente pode perder dinheiro'', avalia Silvestrelli. Projeções do economista Joilson Dias, da Universidade Estadual de Maringá, indicam que o 13º salário vai injetar R$ 230 milhões na economia do município.
Inadimplência
Depois de registrar aumentos sistemáticos durante quase todo o ano, a inadimplência recuou 45% no mês passado com relação a outubro. Mesmo assim, o número de maus pagadores é um dos maiores já registrados pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg). Segundo análise da entidade, a queda no índice (registrada em novembro) é atribuída principalmente ao pagamento da primeira parcela do 13º salário mas, mesmo assim, aponta para um calote de cerca de R$ 2,4 milhões no comércio. ''Seguindo projeções nacionais esperamos um aumento de 10% nas vendas de bens duráveis e de 15% no comércio de alimentos'', informa José Carlos Loureiro Neto, vice-presidente da Acipg.
Em Londrina a inadimplência cresceu 2,43% no mês passado, depois de um aumento de 27% em outubro e altas consecutivas desde junho. Este ano deverá ser encerrado com um aumento no número de maus pagadores com relação ao ano passado, que registrou índices muito baixos - considerados até atípicos - na avaliação da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil). ''O aumento na inadimplência é fruto da política de vendas até porque a inadimplência é medida pelo SCPC, que são as vendas feitas pelo crediário'', avalia o presidente Marcelo Cassa. Ele acrescenta que as vendas também cresceram todos os meses e que devem manter o ritmo.
A avaliação é que a cidade ganhou novos atrativos como o Planet Shopping (localizado na Zona Norte), a expansão do Catuaí Shopping e a própria atratividade do centro. ''A Região Norte do Paraná é uma das que mais cresceu e Londrina é uma cidade-pólo'', avalia Cassa. Já a Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) reduziu as projeções de vendas para o Natal depois do estouro da crise global. Até o primeiro semestre, a expectativa era de movimento entre 15% e 25% maior, rebaixado agora para um crescimento entre 4% e 6%.
''Mesmo assim 2008 será um ano bom, a nossa preocupação é com 2009 porque a crise pode rebater no comércio'', avalia Massimiliano Silvestrelli, vice-presidente da Acim. Apesar da análise, pesquisa mensal realizada pela Acim indica números positivos. No mês passado, 89,1% dos consumidores disseram não ter contas em atraso (o maior índice do ano) e 84,3% dos entrevistados afirmaram que não têm restrição ao crédito. Mesmo assim, o índice de confiança do consumidor (formado a partir de quatro indicadores) caiu 6% em novembro na comparação com outubro. Já em comparação com novembro do ano passado o índice subiu 3,5%.
''Os números mostram que os consumidores estão acertando suas dívidas com o 13º recebido para comprar no Natal e poderá haver exageros. Os comerciantes devem ter cautela, quem vender desesperadamente pode perder dinheiro'', avalia Silvestrelli. Projeções do economista Joilson Dias, da Universidade Estadual de Maringá, indicam que o 13º salário vai injetar R$ 230 milhões na economia do município.
Inadimplência
Depois de registrar aumentos sistemáticos durante quase todo o ano, a inadimplência recuou 45% no mês passado com relação a outubro. Mesmo assim, o número de maus pagadores é um dos maiores já registrados pela Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (Acipg). Segundo análise da entidade, a queda no índice (registrada em novembro) é atribuída principalmente ao pagamento da primeira parcela do 13º salário mas, mesmo assim, aponta para um calote de cerca de R$ 2,4 milhões no comércio. ''Seguindo projeções nacionais esperamos um aumento de 10% nas vendas de bens duráveis e de 15% no comércio de alimentos'', informa José Carlos Loureiro Neto, vice-presidente da Acipg.