Informar sobre o transplante de medula óssea aos candidatos cadastrados é o desafio de pesquisadores do Departamento de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Graças ao trabalho de conscientização e divulgação para doação de medula, o Hemocentro Regional de Maringá está entre os cinco primeiros centros do Brasil que mais faz o cadastramento, considerando a população da área de abrangência. De 2001 a 2008 já foram mais de 20,7 mil cadastros.
Para Tintori, esse resultado demonstra que, mais do que produzir material informativo chamando as pessoas para o cadastro, é preciso esclarecer sobre o transplante em si para que o doador não volte atrás em sua decisão de doar. Por isso, o grupo de pesquisa pretende enviar cartilhas com informações às mais de 20 mil pessoas cadastradas. A chance de se encontrar um doador compatível é de um para 100 mil. No Brasil, por causa da miscigenação, esse número pode chegar a um para um milhão, segundo a pesquisadora.
Perfil
O perfil dos candidatos a doador de medula óssea, na região de Maringá, norte do Paraná, é predominantemente de mulheres adultas, jovens, brancas e com nível superior. O resultado faz parte de um estudo inédito produzido por pesquisadores da UEM. Considerado inédito mundialmente, o estudo recebeu o prêmio de melhor trabalho científico da área multidisciplinar do Congresso da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea, realizado no início deste mês.
Mais informações sobre o transplante de medula óssea podem ser obtidas pelo telefone (44) 2101-9400. (LC)