A Universidade Estadual de Maringá (UEM) negou nesta sexta-feira (2) através de nota encaminhada à imprensa, que tenha adotado a prática da eutanásia em animais que são deixados para tratamento e posteriormente abandonados pelos donos.
Conforme o texto “alguns veículos que comunicação de Maringá e região noticiaram que o Hospital Veterinário da UEM (Universidade Estadual de Maringá) pratica eutanásia com os animais que são deixados para tratamento e posteriormente abandonados pelos donos”. Segundo a nota, essa é uma informação completamente equivocada e contrária às práticas de cuidado regularmente mantidas dentro da unidade.
A coordenadora do hospital Marilda Onghero Taffarel assegura que lá nunca foi realizado um procedimento de eutanásia sem que haja indicação clínica para tal.
A prática, segundo a coordenadora, não é usada nem mesmo quando solicitado pelo proprietário, se a equipe constatar que o caso é passível de tratamento e recuperação.
“Nossas profissionais zelam pela saúde e bem-estar animal, não poupando esforços para que todos eles, independente de origem, recebem tratamento digno dentro e fora do Hospital”, reforça a coordenadora, surpresa com as informações equivocadas veiculadas na mídia.
O fato motivador foi uma recomendação do Ministério Público para que a UEM alterasse a redação do termo de autorização protocolar, assinado no momento da internação pelo proprietário do animal. “É verdade que no termo havia a previsão de eutanásia para os animais doentes eventualmente abandonados pelo tutor”, diz a nota. “O modelo foi construído na época de implantação do Hospital Veterinário tendo sido baseado em uma documentação antiga. Contudo os termos descritos no papel, no que se refere a eutanásia, jamais refletiram a prática dentro do hospital”, acentua a coordenadora.
De acordo com a UEM, a sua procuradoria jurídica acatou prontamente a recomendação do MP providenciando nova redação para o documento, que agora se encontra de acordo com o que determina a legislação vigente.
ENTENDA O CASO
De acordo com a 6ª Promotoria de Justiça de Umuarama, a prática da eutanásia de animais abandonados pelos donos no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi interrompida depois da expedição de uma recomendação do Ministério Público.
Antes da intervenção, disse também o MP através de nota, essa era a prática adotada na unidade de saúde animal: se em 15 dias não fossem reclamados pelos donos, os bichos passavam por uma eutanásia – isso inclusive era acordado por meio de uma declaração, assinada quando o animal era internado.
Na quarta-feira, 28 de fevereiro, a reitoria da UEM comunicou oficialmente o Ministério Público que acolheu a orientação. A partir de então, o termo de autorização para procedimentos veterinários assinado pelos donos quando deixam os animais para tratamento inclui a informação de que, após 15 dias da alta, os animais não reclamados passam a ser considerados abandonados e são encaminhados para adoção.
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