VISIBILIDADE – Professor destaca que eventos são importantes para mostrar produção local
Marcelo dos Santos Forcato, professor do Curso de Design de Produto da UEM e da disciplina de Projeto de Produto I, anualmente aplica como tema para o trabalho da disciplina o Prêmio Tok & Stok de Design Universitário. Esse ano o tema é “Dobrar” e da sua turma, entre os 267 concorrentes de todo o Brasil, quatro alunos estão entre os 30 finalistas. O vencedor será conhecido no dia 5 de novembro, em São Paulo.
Forcato salienta que aplicar a proposta do concurso dentro da disciplina estimula os alunos a lidarem com o mercado de trabalho, atentando à responsabilidade de cumprir cronogramas, prazos de entrega e pesquisa. “Ainda há a possibilidade de obter o feedback da empresa, caso o trabalho seja classificado, e de ter um produto assinado sendo vendido por uma das maiores lojas de móveis do Brasil”, ressalta o professor.
Forcato lembra que pelo porte de Cianorte, o curso ainda não tem uma grande visibilidade e eventos assim são uma oportunidade de mostrar os talentos locais. De acordo com o professor, o concurso exige conhecimentos diversos do candidato. “O maior desafio é adequar à filosofia da empresa, que prima pelo desenvolvimento e comercialização de móveis que se destacam pela simplicidade, jovialidade e minimalismo. Não é qualquer projeto que é aceito, porque tem que apresentar também viabilidade comercial”. A ideia pode ser fantástica, mas pode tornar-se inviável se não tiver mercado. “Com certeza, os quatro que foram classificados já se destacam nesse quesito”, ressalta Forcato.
Desdobrando a criatividade
Stefânia M. Arikawa inspirou-se na lida diária com a filha de dez meses para planejar um trocador de bebê para quartos com pouco espaço. “Os que existem hoje no mercado, além de ocupar muito espaço, perdem sua função ao longo do crescimento da criança”, explicou. Coração de Mãe é o sugestivo título que levou Paola Rodrigues da Cruz a produzir um banco destinado a pessoas que moram sozinhas em lugares com dimensões reduzidas. “Eu brinquei com a palavra dobrar, pois cada banco pode aumentar para dois ou até quatro lugares. Com menos pessoas usando, ele vai ser guardado com facilidade”, explica.
Felipe T. Ishivatari buscou inspiração na educadora Maria Montessori que acreditava que além de perigosos, os berços são limitadores de movimento e do desenvolvimento das crianças. “Projetei uma cama infantil, disposta no chão. O móvel se adapta de tal modo que é útil tanto para o recém-nascido como para uma criança de quatro anos”.
Taís Pellegrino criou uma estante destinada a pessoas que pretendem organizar os objetos frequentemente usados, evitando que fiquem espalhados pela casa. “A estante possibilita um local específico para eles. O conceito dobrar está presente porque a peça pode ser adaptada de acordo com o espaço disponível”. Desde 2010 os alunos do Curso conquistam classificações significativas. Naquele ano, Pollyana F. Polsaque obteve a terceira colocação.