Um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) deve ser implantado em Cianorte. A idéia foi aprovada na reunião do Conselho do Meio Ambiente, esta semana, e um pedido de parceria será enviado para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) nos próximos dias.
O centro só pode ser autorizado pelo Ibama e tem como finalidade atender animais vítimas de acidentes ou doenças. Existe apenas um em funcionamento em todo Estado, em Tijucas do Sul. O segundo está em fase de construção, em Toledo.
A proposta será levada à superintendência do instituto, em Curitiba, expondo o interesse do município em adequar o antigo canil, nos fundos da Universidade Estadual de Maringá (UEM), para receber os animais. O centro deve ser classificado na categoria B, com capacidade para receber até 800 animais ano. O custo da obra é bem baixo, bem como os custos de manutenção cerca de R$ 1.600,00 por ano de atividade. Os recursos para construção e manutenção devem ser direcionados através do Fundo Municipal do Meio Ambiente e de parceiros da iniciativa privada.
Precisamos agilizar o processo. É grande a quantidade de animais que precisam de atendimento. Alguns casos são apenas de direcionamento, como as cobras. Uma parceria com o Ibama pode resolver, comentou o secretário de Meio Ambiente, José Ícaro Monteiro Maranhão.
Durante a reunião do conselho foi discutido o estudo sobre o plano das águas para o município. Para o secretário da Agricultura, Waldiley José Domingos, é urgente a mobilização da sociedade, pois um problema que hoje já atinge grandes proporções ainda pode piorar. A Força Verde está fazendo um trabalho exemplar. Mal começou sua atuação e vemos um aumento no número de proprietários rurais que estão dando início ao plantio das matas ciliares e reservas legais, disse.
RIO SECO
O secretário explicou que o lençol freático está baixando e isto preocupa toda a zona rural. São mais de quinhentos poços artesianos na cidade e a cada ano é preciso cavar mais fundo para encontrar a água, acrescentou domingos. Ele disse que nesta semana teve uma triste experiência. A pedido de produtores da região das Três Vendas, me desloquei até um rio da localidade e constatei que ele secou. Uma vegetação que protegia as nascentes foi retirada e agora só restou o espaço vazio onde a água corria para as pequenas propriedades, disse. Domingos pediu ao conselho para solicitar ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) os estudos realizados para autorizar a retirada da vegetação.
Segundo a bióloga Cristiane Roco, o município tem prazo até 15 de dezembro para concretizar o Plano de Águas. O trabalho está em andamento. Há também o estudo de um consórcio entre municípios da região para agilizar o processo.