Vestibular de Inverno da Universidade Estadual de Maringá (UEM) bateu recorde no número de candidatos . O curso de Medicina terá 267,4 candidatos por vaga. Outra novidade esse ano é a inserção das cotas sociais: 20% das vagas são destinadas aos alunos que estudaram apenas em escolas públicas
Pelo segundo ano seguido, o Vestibular de Inverno da Universidade Estadual de Maringá (UEM) bateu recorde no número de candidatos inscritos. Com isso a concorrência também cresceu. Para o curso de Medicina são 267,4 candidatos por vaga outro recorde. No Vestibular de Inverno do ano passado a relação candidato/vaga (C/V) para o mesmo curso foi de 204,3. A novidade desse ano é a inserção das cotas sociais: 20% das vagas são destinadas aos alunos que estudaram inteiramente em escola pública e que não têm condições financeiras privilegiadas.
O segundo curso mais concorrido é o de Engenharia Mecânica com 56,4 C/V. Para os candidatos cotistas, Medicina (91,8 C/V) também é o curso mais concorrido seguido de Direito (33,8 C/V). A relação de todos os cursos, divulgada nesta quarta-feira (20), está disponível no site da UEM (www.cvu.uem.br/concorrencia.html).
A Comissão do Vestibular lembra que os candidatos cotistas vão concorrer primeiramente às vagas universais e caso não alcancem a média necessária poderão ser enquadrados no sistema de cotas sociais. "Isso se atingirem a meta dentre os concorrentes das cotas", disse Denerval Mendes Batistas, membro da comissão. Foram ofertadas 1.542 para diversos cursos. As provas serão aplicadas entre 12 e 14 de julho nas cidades de Maringá, Apucarana, Campo Mourão, Cianorte, Cidade Gaúcha, Goioerê, Paranavaí e Umuarama.
COTAS
Esse é o primeiro vestibular que a instituição adota cotas sociais ao processo seletivo. Quem optou pelas cotas deve ter cursado integralmente o ensino fundamental e médio em instituição pública de ensino, fazer parte de família com renda per capita de até 1,5 salário mínimo e não ter concluído curso de nível superior. Quando o sistema foi instituído no final de março, o vice-reitor, Mario Luiz de Azevedo, disse que foi a melhor opção encontrada pela instituição para beneficiar as classes mais baixas da população.
A UEM já disponibiliza vagas para índios, mas não aderiu às cotas raciais. Já a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e as universidades estaduais de Ponta Grossa e Londrina disponibilizam cotas raciais e sociais.