Segundo Kohatsu, a intenção é proporcionar uma atividade diferenciada para os participantes da Apadev, como também estimular seus sentidos como o olfato e tato. “Devido à deficiência os outros sentido devem ser estimulados para conseguir se portar no mundo. Além do benefício para os associados da Apadev, os alunos da UEM também puderam exercer suas obrigações sociais”, ressaltou.
Para a professorada da Apadev, Rosana Urbanski Rodrigues, a visão é responsável por 85% da identificação para os seres humanos, sem esse sentido o cérebro tem que ser educado para realizar essas identificações. “Os deficientes visuais precisam reestruturar sua psique. E a estimulação dos sentidos é o caminho para isso”, disse.
Ainda segundo Rosana, a visita no horto auxilia o desenvolvimento do olfato e o tato devido aos cheiros e as texturas das plantas medicinais. “O cheiro é uma das formas dos deficientes visuais conseguirem se localizar nos ambientes. O projeto ajuda muito, como também proporciona uma interação com os mais jovens”, ressaltou.
Ao todo foram 12 deficientes visuais, do grupo da terceira idade da Apadev, que puderam conhecer as propriedades de mais de 20 plantas medicinais. Os alunos de Agronomia também repassaram aos visitantes os perigos do uso indevido de algumas plantas conhecidas de todos os brasileiros.
Murilo Prieto, estudante do 4º ano de Agronomia, foi um dos palestrantes e avaliou como positiva a ação com os visitantes. Para Prieto, o contato os deficientes visuais revela um lado da vida, que muitas vezes, passa desapercebido para as pessoas saudáveis. “Foi uma experiência muito boa. Tivemos um contato diferente, pois realizamos caminhos paralelos para as abordagens. Podemos conhecer um novo mundo”, relatou.