Prefeito faz balanço de 2014 e projeta 2015
com novas obras e programas. PPP do Lixo é uma das prioridades, assim
como o prolongamento da Avenida Herval.
Carlos Roberto Pupin
(PP), que conclui o segundo ano de mandato na Prefeitura de Maringá,
afirma que a partir de 2015 pretende enxugar a máquina com o
esvaziamento de duas secretarias e a exoneração de vários cargos em
comissão. Os anúncios são prometidos para esta segunda-feira.
"No domingo vamos ter uma reunião com os secretários e na
segunda-feira vamos anunciar. São duas secretarias que não atingiram os
objetivos e observamos que é possível enxugar. Também temos pessoas que
vão ser demitidas dessas e de outras secretarias", afirmou Pupin em
entrevista exclusiva a O Diário, concedida na tarde de quinta-feira, no
gabinete da prefeitura.
Pupin não quis adiantar, mas a tendência é
que sejam esvaziadas as secretarias de Relações Interinstitucionais e
de Assuntos Comunitários. Em relação a 2014, o prefeito considerou que o
ano foi positivo. "Tivemos conquistas na área da saúde, em que
recebemos prêmios pelas boas práticas de gestão. Construímos novos
postos de saúde, abrimos a farmácia de manipulação e uma farmácia 24
horas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte. Também demos
início ao projeto do posto de saúde do trabalhador, em que o
atendimento foi estendido até às oito da noite. E, na educação, temos de
comemorar a nota de 6,5 no IDEB e que 16 mil crianças estão aprendendo
inglês".
Para 2015, Pupin anuncia que vai dar andamento ao
projeto de instalação de parquímetros na região central de Maringá. Mas
ele considera que o grande desafio do próximo ano é fechar a Parceria
Público-Privada (PPP) para a coleta, o tratamento e a destinação final
do lixo. "Teremos um embate muito grande, mas precisamo avançar. Vamos
mostrar para a população que temos de buscar a inovação para resolver
esta questão", disse.
P.— A decisão do Tribunal de Contas do Estado do Paraná de liberar a
abertura do edital de licitação da PPP vai facilitar a sua explicação do
projeto para a sociedade e para os vereadores ?
R.— Com relação a
PPP, temos de deixar bem claro. Nunca nos recusamos a dar informações a
qualquer segmento da sociedade. Todas as pessoas que quiseram saber,
como o promotor e os conselheiros do tribunal, que formularam
questionamentos por escrito, tiveram as suas respostas. Para o Tribunal,
fizemos a explicação e tivemos a liberação para tocar o projeto.
Estamos abertos a conversas produtivas para avançar cada vez mais na
PPP. Estou consciente e trabalho com responsabilidade. Quem vai
responder a processo sou eu e, por muito tempo, se não caminharmos da
melhor forma possível e dentro da legalidade.
P.— O senhor realizou uma reunião na Associação Comercial para
apresentar a proposta de implementação do parquímetro na área central. O
senho vai levar adiante este projeto?
R.— Vamos tocar adiante sim. É
um pedido dos próprios comerciantes. Entendo o parquímetro como um
grande fornecedor de vagas. Em cidades onde verificamos o sistema, o
motorista demora um minuto e meio para achar uma vaga. A rotatividade é
maior e beneficia os comerciantes. Deixamos a Avenida Brasil mais
bonita, aconchegante e agora queremos que os consumidores venham e achem
lugar parara estacionar. É outro desafio que temos para 2015.
P.— Além da questão da rotatividade, esse projeto do parquímetro tem mais algum benefício à população?
R.—
Vamos exigir que os totens não tenham apenas a função de regularização
do estacionamento e retirada dos tickets. Há várias tecnologias que
podem ser agregadas, como a inserção dos pontos turísticos, o
carregamento dos cartões do ônibus, a liberação de alguns pagamentos de
pequeno valor. Pretendemos usar a tecnologia para facilitar cada vez
mais a vida das pessoas.
P.— E o corredor de ônibus da Avenida Morangueira, sai do papel em 2015?
R.—
Sai, mas é um projeto interligado. Não posso fazer se não tiver a
sequência da Avenida Herval. Assim que tivermos a liberação da abertura
da Avenida Herval, teremos condições de fazer a Avenida Morangueira.
Esses corredores são o carro chefe. No Governo Federal, não havia
recurso só para a construção do terminal intermodal, mas havia para
corredores de ônibus com terminal. Não posso fazer o terminal sem os
corredores.
P.— E como estão as conversas com a Universidade Estadual de Maringá (UEM) para liberar a transposição do campus?
R.—
O novo reitor, Mauro Baesso, é uma pessoa extraordinária, de muito
diálogo. Em dois meses, a conversa fluiu mais que no ano passado todo.
Acertamos a execução da Avenida Lauro Werneck, que pretendemos entregar
até março, para não atrapalhar o entorno da UEM no retorno das aulas e
temos o corredor da Avenida Herval, que é a nossa grande batalha. Mas o
projeto está muito bem encaminhado. Gosto da firmeza e da forma como o
Baesso trata a questão.
P.— A dificuldade maior é em relação a localização da Estação Climatológica?
R.—
Acredito que o problema da estação foi solucionado. Falam de uma
distância mínima de 100 metros, mas essa reserva de espaço nunca
existiu. A estação sempre sofreu interferências. Temos condições de
realocar onde quiserem e vamos ter uma nova estação dentro do aeroporto,
que poderá ter os dados compartilhados. Hoje, o que atrasa não é a
estação, mas a definição final do projeto, que foi proposto pela UEM e
que nós aceitamos. Pretendemos fazer um pacote, um Termo de Ajustamento
de Conduta para desenrolar a questão. A conversa tem fluído bem.
Aguardamos uma proposta de compensação da UEM. Como vamos pegar parte do
terreno da universidade, temos que dar a nossa contrapartida.
P.— Para o projeto do Aeroporto, há previsão de liberação dos recursos?
R.—
Dependemos do Governo Federal e não sabemos o que vai acontecer.
Sabemos que foram cortados muitos investimentos. Nosso projeto e os
recursos foram aprovados. Queremos fazer todas as intervenções o mais
rápido possível, pois é mais um atrativo para a região.
P.— E o parque industrial ao lado do Aeroporto, tem previsão para ser iniciado?
R.—
Esta semana, mais duas empresas demonstraram interesse. Não vai dar
para fazer a feira de aviação este ano no novo espaço. Mas poderemos
mostrar como o Parque Aeronáutico vai ficar. Até julho, as ruas vão
estar definidas e asfaltadas para que possamos vender os terrenos às
pessoas que fizeram a reserva durante a feira de aviação deste ano. O
loteamento está em fase de aprovação. Nossa equipe trabalha no sistema
viário de todo o entorno do aeroporto e, em breve, faremos uma audiência
pública para aprovação do anel viário do entorno do aeroporto, que vai
contemplar a abertura de uma via paisagística.
P.— O senhor vetou as emendas dos vereadores ao orçamento. Há
possibilidade de atender ao menos parte das demandas apresentadas a eles
pela comunidade?
R.— Vamos atender as prioridades do que foi
discutido nos bairros. Pretendo mandar um projeto para suplementar o
orçamento e garantir que a sociedade seja beneficiada
P.— Algum projeto novo que começa a ser planejado?
R.— Uma obra
que pensamos para 2016 é a duplicação do Contorno Sul. Acredito que é
possível estreitar a rede de energia, como fizeram na Avenida das Torres
em Curitiba. Vamos iniciar os estudos.
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TRANSPOSIÇÃO. Segundo Pupin, conversas com a UEM estão bem encaminhadas. —FOTO: RICARDO LOPES
http://digital.odiario.com/cidades/noticia/1249105/vamos-tocar-adiante-o-projeto-do-parquimetro-diz-pupin/