Foi em Maringá que o atleta da seleção brasileira de atletismo,
Guilherme Henrique Cobbo, 24, que representará o País na Olimpíada na
modalidade de salto em altura, começou a trajetória no atletismo.
Natural de Uraí, no Paraná, Guilherme chegou na Cidade Canção aos 7 anos
e, aos 13 conheceu a pista de atletismo da Universidade Estadual de
Maringá (UEM).
"Fui incentivado pela minha professora
de educação física na época. Gostei da ideia porque morava bem perto
da pista. Fui em uma competição de salto em altura porque sempre gostei
de saltar. Me dei bem pois tinha uma boa impulsão e comecei a treinar
de verdade.
Wagner Carmo/Inovafoto
![](http://src.odiario.com/Imagem/2012/07/14/g_1507a-1310.jpg)
Guilherme Henrique Cobbo conquistou a vaga na Olimpíada no dia 2 de
junho em competição da Federação Paulista, quando atingiu o índice
Quando começou a se destacar, há seis anos, Guilherme foi embora para
São Paulo. "Parei de treinar por um tempo, mas minha vó insistiu para
eu voltar". Em 2009, ele passou a integrar a Rede Atletismo e foi morar
em Bragança Paulista, interior de São Paulo. Atualmente, integra o Clube Pinheiros.
A vaga nas Olimpíadas ele conquistou no dia 2 de junho, em uma
competição da Federação Paulista, quando atingiu o índice olímpico de
2,28 metros.
FRASE
“O Guilherme começou a
treinar com 13 anos, e a
agora é que chegou ao
ápice, ou seja, foram
muitos anos ”
Maria da Conceição Silva
Técnica de atletismo
"Atingir o índice foi uma das principais dificuldades, além de
algumas mudanças no treinamento, porque meu técnico, que morava em
Bragança Paulista, foi para São Paulo e passei a ir duas vezes por
semana para lá pra treinar", diz.
O atleta embarca para Londres no dia 30 deste mês e retornará no dia 9 de agosto. Após a competição, o objetivo
é descansar. "Ainda não sei os planos do meu técnico. Se ele me der
alguns dias de férias seria muito bom, mas também pretendo me preparar
para o ano que vem, que é ano de Mundial de Atletismo", adianta.
Para quem está começando, a dica de Guilherme é ter muita dedicação e
nunca pensar que índices e recordes são impossíveis. "Quando eu
treinava em Maringá achava que nunca iria saltar o que salto hoje.
Talvez se eu tivesse acreditado desde o princípio, estaria ainda
melhor".
Reconhecimento
Ícone do
atletismo local, Maria da Conceição Silva, de 78 anos, ocupa um espaço
importante na carreira de atletas como Guilherme. "Ela me ajudou muito.
Certa vez pagou com próprio dinheiro
para eu e outros atletas competirmos em São Paulo. Minha experiência
com ela a princípio foi tensa. Escutei muito grito porque eu era
arteiro e ela bem brava, mas sempre tentando me ajudar", conta o
atleta.
Para Maria, vivenciar o reconhecimento de Guilherme é
um prêmio. "O atletismo é um esporte melindroso. O resultado não é
imediato. O Guilherme começou a treinar com 13 anos, e agora é que
chegou ao ápice, ou seja, foram muitos anos. É um prêmio que a gente
ganha.
Pelo menos desde a época que eu treino os atletas, é o
primeiro do atletismo de Maringá que vejo em uma Olimpíada. E ele tem
chance de estar entre os dez melhores", disse a experiente orientadora.
http://www.odiario.com/esportes/noticia/585200/atleta-de-maringa-e-o-pais-no-salto-em-altura-na-olimpiada/