O encarregado de obras Amaurício Costa Araújo
terminou a 8ª série do ensino básico e deixou de estudar. "Comecei a
trabalhar como armador de ferragens em uma obra, em Londrina, e estou
há 24 anos no ramo", conta.
Ele é um dos 12 alunos do curso de matemática básica aplicada à
construção civil e interpretação de projetos, na escola da A.Yoshii, em
Maringá. "É muito importante fazer esse curso. Quando fiquei sabendo
que a empresa oferecia, logo me interessei", diz.
Ele lembra que antes do curso enfrentava alguns momentos de
dificuldade no trabalho. "A gente faz de uma maneira mais difícil, mas
existem atalhos e métodos que facilitam, e é isso que aprendemos nas
aulas", explica.
Rafael Silva
![](http://src.odiario.com/Imagem/2013/01/18/g_copia-de-1801a-0310.jpg)
Amaurício na sala de aula com Débora; dúvidas podem ser esclarecidas até mesmo durante o serviço
Araújo diz que a vantagem de as aulas serem em uma sala no próprio
canteiro de obras facilita bastante o aprendizado. "O bom é que quando
há dúvidas, a professora está ali perto e dá para fazer perguntas até
no horário de expediente."
O interesse pelo aprendizado já alcança a família de Araújo. Um dos
três filhos quer fazer Arquitetura. "Ele gosta de matemática e se
interessa por projetos, creio que será um bom arquiteto."
A professora de Araújo é a estagiária Débora Martins Gobo, que está
no 5º ano de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Maringá
(UEM). Ela conta que muitos dos alunos dela deixaram de estudar no 4º
ano do ensino básico.
"Com um trabalhador qualificado, há garantia de qualidade da obra e
economia de materiais. O trabalhador também tem mais oportunidades."
Débora ministra aulas para a segunda turma da A.Yoshii, em Maringá.
"E há uma terceira turma, já esperando para iniciar as aulas", observa.
As aulas do curso profissionalizante são realizadas uma vez por semana
e duram cerca de 2 horas. Já as aulas de alfabetização duram em torno
de 2h30, três vezes por semana.