As instituições que produzem atividades culturais em Maringá poderiam encontrar ferramentas para divulgar de maneira mais abrangente e eficiente suas iniciativas e contribuir mais diretamente para envolver um volume de público maior em sua promoções. Um exemplo mais recente foi a realização da V CIELLI, que abordou temas e debates colóquios internacionais de estudos linguísticos e literários, promovido pelo Programa de pós-graduação em Letras da Universidade Estadual de Maringá.
"Diálogos poéticos: criação e estética" foi uma das atividades promovidas pelo V CIELLI, sob a coordenação dos professores Weslei Roberto Cândido, Lúcia Osana Zolin e Wiliam César Ramos. Nessa atividade, a proposta foi oportunizar um contato mais profícuo entre os participantes do evento e os convidados que, além de professores e escritores. Entre os convidados, Narlan Matos (Estados Unidos), Leonardo Tonus (França) e Maria Rosa Lojo (Argentina). Os dois primeiros, inclusive, lançando seus livros recentes.
A exemplo dos sites da USP, PUC, etc. nem sempre a informação postada é acessada pelo público fora dos campus. Em Maringá, não fosse uma informação informal, o evento cultural passaria despercebido pelo público que está fora do campus da Universidade. Mesmo assim, houve tentativas com algumas entidades e produtores culturais para tentar um encontro informal com pelo menos um dos palestrantes do V CIELLI.
Embora de última hora, alguns escritores e poetas ligados a uma agremiação literária conseguiram se comunicar entre si para ouvir um dos palestrantes. O encontro informal foi com Narlan Matos, escritor baiano há mais de 20 anos radicado nos Estados Unidos. O local foi uma das salas de reuniões do mesmo hotel que cede espaço para uma agremiação fazer suas reuniões mensais. O conteúdo do encontro será assunto para um próximo artigo.
Essas improvisações mostram o quanto a cultura maringaense precisa preencher seu espaço com competência, ser reconhecida e valorizada pelas suas realizações e interagir nas atividades pontuais de outros centros que produzem cultura. A UEM é uma fonte inesgotável de atividades culturais, mas restringe suas divulgações em links que nem sempre são acessados fora do campus universitário. A nova proposta é estabelecer uma linha direta entre pessoas e instituições que produzem cultura. Quem sabe dá certo?