Técnicos da Central de Microscopia lotados no Complexo de Centrais de Apoio à Pesquisa (Comcap), na Universidade Estadual de Maringá (UEM), receberam, durante uma semana, em maio, capacitação para utilizarem o microscópio eletrônico de varredura de duplo feixe, modelo Scios, da marca FEI, recentemente adquirido pela UEM.
O treinamento foi dado pelos professores Vânia Vieira da Silva e Kildare Rocha de Miranda, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Miranda é membro do comitê gestor do Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem (Cenabio). Instalado no Comcamp, o microscópio de sistema de duplo feixe combina uma coluna de emissão de elétrons com uma coluna de feixe de íons e pode ser utilizado em diversas aplicações, tanto na área de materiais quanto na área biológica.
A configuração dos sistemas MEV-FIB é projetada de maneira que os feixes de elétrons e íons coincidam no mesmo ponto focal, abrindo novas possibilidades de imageamento serial e reconstrução 3D, que, de outra forma, não seriam possíveis de serem alcançadas com qualquer um dos sistemas independentes.
O equipamento proporciona detecção simultânea de todas as informações com excelente contraste em altas velocidades de aquisição e alta resolução em baixa kV. O que o torna ideal para imagens de uma ampla variedade de amostras, incluindo materiais muito sensíveis, como estruturas celulares.
Durante a análise, a amostra é bombardeada por um feixe de elétrons e os diferentes produtos desta interação elétron-material, tais como elétrons secundários e elétrons retroespelhados, produz imagens de alta resolução. Em contrapartida, o FIB além de interagir com a amostra e gerar importantes fontes de informação sobre sua topograa e composição química, também é capaz de usinar a amostra.
Para que este microscópio possa ser utilizado, os professores Kildare e Vânia treinaram os técnicos focando a capacitação na área biológica, incluindo o preparo de amostras, que envolve a xação química e inclusão em resina específica; a técnica slice and view; tomografia eletrônica e reconstrução 3D através dos softwares Amira e IMOD.
Segundo a UEM, em breve o equipamento estará disponível para utilização de toda a comunidade acadêmica, incluindo as áreas da Biologia, Farmácia, Química, Engenharia Química, Física, Agronomia, Odontologia, entre outras, além da prestação de serviços para outras Universidades e para a população. ///ASC/UEM
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