Mourões de cerca que podem durar até 100 anos, mesmo em áreas encharcadas, foi uma das novidades lançadas na Expoingá deste ano e despertou o interesse de proprietários rurais, a ponto de as primeiras vendas serem realizadas no parque de exposições.O lançamento do produto foi feito na feira e um produtor rural de Itambé tornou-se o primeiro cliente.
Os mourões são feitos com um material sintético e toda a tecnologia foi desenvolvida em Maringá em nove anos de pesquisas e experimentos pelo inventor Nilson José Maximiano, também conhecido como Professor Pardal, que já tem outras invenções patenteadas.
Para desenvolver seus inventos, Professor Pardal criou a Tramaex, ganhou espaço na Incubadora Tecnológica de Maringá, no antigo IBC, próximo à rodoviária. Os postes de fibra sintética passaram por vários testes na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a conclusão foi de que o material sintético terá uma durabilidade muito maior do que os tradicionais mourões de madeira ou mesmo os de concreto.
Segundo o inventor, outra vantagem de seus mourões é que eles são feitos com materiais reciclados, que estariam poluindo o meio ambiente se não fossem aproveitados. “Tudo foi feito pensando na sustentabilidade”, diz.
Além de cercar currais, o material criado por Nilson Maximiano poderá ser aproveitado para a construção de outros equipamentos usados nas propriedades rurais, geralmente feitos em madeira. O objetivo da empresa é utilizar o mesmo material para a fabricação de postes de energia elétrica e placas de laje para cobertura.
Após a criação do material, a Tramaex precisava iniciar a comercialização e para isto nasceu a Ingá TecSus, que instalou estande na Expoingá e a partir de agora procurará os produtores para oferecer os produtos.
Os mourões de fibra polissintética já estão sendo empregados no parque de exposição de Maringá. A cerca da área destinado a experimentos da Integração Lavoura-Agropecuária-Floresta, onde soja e milho são cultivados em consórcio com pastagens e eucalipto, foi cercada com os mourões inventados por Maximiano.