A folha de pagamento dos servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) começou a ser quitada na tarde desta segunda-feira (5), conforme informaram os próprios trabalhadores durante uma reunião que discutia a situação da universidade.
Nesta terça-feira (6), às 8h30, haverá uma nova assembleia dos servidores e eles podem encerrar a greve que teve início nesta segunda. A UEM fechou os portões e o Hospital Universitário (HU) chegou a estudar atender somente casos de urgência e emergência.
"Vamos colocar em votação o fim da nossa greve, porque ela tinha pauta única, que era o recebimento dos salários", afirmou o presidente do Sinteemar, sindicato que representa a universidade, José Maria Marques.
Meta4
O salário dos servidores da UEM está atrasado desde o dia 31 de janeiro. O pagamento não foi realizado antes, segundo o governo, porque era necessário que a universidade enviasse os documentos necessários para adesão ao RH Paraná Meta4, sistema de gestão de recursos humanos da administração estadual.
Faltava apenas um ofício para que os salários fossem liberados. Na manhã desta segunda-feira, o reitor Mauro Baesso assinou o documento e enviou à Caixa Econômica Federal, autorizando o governo a gerenciar o pagamento dos servidores através do Sistema Único de Recursos Humanos e Secretaria da Fazenda.
O governo diz entender que a UEM aderiu ao Meta4. No entanto, a assessoria de imprensa da universidade informou que o ofício não implica na adesão ao Meta4, atendendo somente as exigências do Sistema Integrado de Finanças Públicas (Novo Siaf) para o processamento da folha de pagamento.
"Vamos continuar na briga pelo não ao Meta4", afirmou o presidente do Sinteemar.
A UEM é contra o Meta4 porque acredita que o sistema tira sua autonomia. Já o governo defende que ele garante mais transparência na prestação de contas.