Para Medicina e Arquitetura, maioria tem renda familiar mensal de 5 a 10 salários mínimos
Em três opções de Música Bacharelado, renda mensal varia de um a 5 salários mínimos
Candidatos que disputam vagas nos cursos mais concorridos do
vestibular de verão da Universidade Estadual de Maringá (UEM) têm renda
familiar mensal maior do que os que pleiteiam as graduações com menos
candidatos. Em dois dos cinco cursos com maior número de vestibulandos,
por vaga, a maioria dos alunos apresenta renda familiar mensal de cinco a
dez salários mínimos. Nos cinco menos concorridos, ninguém se encaixa
nessa faixa de renda. As informações constam dos questionários
socioeconômicos, respondidos pelos concorrentes no momento da inscrição.
As
estatísticas mostram que a maioria dos candidatos que se inscreveu para
Medicina - o curso mais concorrido deste vestibular, com 206,5
concorrentes, por vaga - e para Odontologia - o terceiro mais disputado -
é mulher, tem até 20 anos, mora no noroeste do Paraná e apresenta renda
familiar mensal entre cinco e dez salários mínimos. Em comum entre os
que escolheram graduações com baixo número de inscritos está o sexo (a
maioria é mulher), a residência (mora no Paraná) e a renda familiar
mensal, de um a cinco salários mínimos. Os perfis se referem aos
inscritos para vagas não-cotistas.
Foi a primeira vez que a UEM
tornou público os detalhes dos perfis dos vestibulandos em cada curso.
Até então, essas informações estavam disponíveis apenas para os
funcionários da instituição. "Faz pouco tempo a UEM adquiriu um programa
(de computador), que permite cruzar os dados dos inscritos.
Pretendemos, a partir de agora, disponibilizar os dados estatísticos
sempre com gráficos", diz Emerson Arnaut de Toledo, presidente da
Comissão do Vestibular Unificado (CVU). Ele preferiu não comentar o
levantamento sobre a faixa de renda dos concorrentes, por curso, por não
ter, em mãos, dados históricos sobre o assunto.
PARANAENSES PREDOMINAM
O vestibular de
verão da UEM terá 16.668 candidatos na disputa por 1.514 vagas. No
sistema de cotas sociais, são 3.059 concorrentes a 286 vagas. O número
de inscritos é 8% maior que o de 2013, quando 15,4 mil alunos
participaram.
Neste ano, um número chamou a atenção dos
integrantes da Comissão do Vestibular Unificado (CVU): o aumento de
candidatos paranaenses. Em concursos anteriores, comenta Emerson Arnaut
de Toledo, presidente do colegiado, de cada 100 inscritos, 75 moravam no
Estado. Agora, a proporção aumentou para 83 a cada 100.
Para o
presidente da CVU, a estatística reforça a confiança dos paranaenses na
UEM. "É um índice alto para os nossos padrões. A UEM está se tornando
uma universidade tipicamente paranaense", destaca. Em segundo lugar, em
volume de inscritos, aparecem os paulistas (11%).
Entre os 16,6
mil candidatos, a maioria é mulher, tem até 20 anos, cursou o ensino
médio em escola pública, já prestou um vestibular e não frequentou
cursinho preparatório. Grande parte dos inscritos tem pai e mãe com
ensino médio completo e renda familiar mensal de três a cinco salários
mínimos. Mais da metade dos alunos que quer estudar na UEM se inscreveu
no vestibular pela universidade ser pública, gratuita e de qualidade.
http://digital.odiario.com/cidades/noticia/1220282/vestibulandos-dos-cursos-mais-dificeis-tem-renda-maior/