Servidores da rede estadual de ensino em Maringá farão hoje um dia de paralisação, deixando cerca de 30 mil estudantes sem aulas. “Acreditamos que pelo menos 90% dos colégios da região devem parar”, diz um dos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Luiz Carlos dos Santos.
A mobilização começou na segunda-feira, e ontem, cada uma das aulas foi reduzida em 20 minutos. “Os professores conversaram conosco e acho justa a reivindicação, pois é pela melhoria do ensino. Mas eles disseram que poderia haver greve, o que para nós não é bom”, disse a aluna do 9º ano do Instituto Estadual de Educação de Maringá Adressa Franchin.
Na manhã de ontem, cerca de 200 funcionários de colégios da região fizeram um protesto em frente ao Núcleo Regional de Educação (NRE), pedindo melhorias no Sistema de Assistência à Saúde (SAS). O atendimento na região noroeste é feito pelo Hospital Metropolitano de Sarandi. “O agendamento de consultas e exames é demorado”, disse Santos.
Servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) também farão um protesto, em frente ao Hospital Universitário (HU). Não haverá paralisação das aulas. “Somos contra a implantação do banco de horas substituindo as horas extras. Também protestamos contra as obras paradas de blocos da universidade, do Restaurante Universitário (RU) e centro cirúrgico do HU”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Celso Nascimento.
Em nota, o Departamento de Assistência à Saúde do Servidor (DAS) informou que “mantém um ‘Fale Conosco’ no endereço eletrônico www.sas.pr.gov.br, no qual são registradas as queixas. Quando as reclamações referem-se ao atendimento, o hospital é contatado para que dê solução imediata.”
Sobre a mobilização de hoje, o Estado informou que tem realizado melhorias na educação pública, “como a equiparação salarial da categoria com os demais servidores de nível técnico do executivo e aumento salarial acumulado de 50,16%, em menos de três anos.” O governo destacou ainda que no pagamento de março “será implantada a progressão para os professores” e em maio “começa o pagamento das parcelas de 2013 das progressões e promoções de professores e demais funcionários da rede estadual da educação que têm direito ao benefício”.