O que começou como mais uma reunião do Conselho de Administração (CAD) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) se transformou em momento de protesto na tarde desta quinta-feira (8). Cerca de 200 acadêmicos de 15 cursos realizaram o que chamaram de "1º Ato Unificado" e entregaram ao reitor Júlio Santiago Prates Filho uma lista com reivindicações.
Entoando um coro - "A nossa luta se unificou, agora é estudante, servidor e professor"-, os manifestantes entraram na sala onde a reunião estava sendo realizada e pediram a palavra. A principal exigência é que mais professores sejam contratados.
"Essa precariedade não é vista em um ou outro curso, mas sim em toda a universidade", destacou um dos representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Alex Raval Bertozzi. "Pelo que tudo indica, no dia 22 faremos um novo movimento para ver se o reitor já avaliou as nossas reivindicações", completou.
João Cláudio Fragoso
Aluna de Artes Cênicas entrega marmita ao reitor Júlio Prates Filho
O Restaurante Universitário (RU), que passa por reformas desde
janeiro e deve continuar fechado até setembro, também foi alvo dos
manifestantes. As 3 mil refeições que eram servidas diariamente a R$
1,60 cada e estão suspensas até o fim da obra são o principal motivo da
reclamação.
Para simbolizar a insatisfação dos acadêmicos, Tamires Schimitt, estudante do 2º ano de Artes Cênicas, entregou uma marmita ao reitor. "Muitos colegas estão sendo prejudicados por não terem onde se alimentar a um preço acessível", disse.
Prates Filho recebeu o documento e se comprometeu a avaliá-lo e tomar as providências possíveis. "Vocês (manisfestantes) têm o direito de fazer as exigências que julgarem pertinentes. Agora nós vamos sentar e ver o que pode ou não ser feito e também delegar as responsabilidades. Também continuaremos buscando recursos", afirmou.
Sobre a reforma do RU, o reitor citou a necessidade de enquadramento nas exigências da Vigilância Sanitária. Em 30 anos o local nunca havia passado por grandes obras.
Registro de frequência
Depois da manifestação, servidores técnicos
se posicionaram contra uma matéria apresentada no CAD que prevê
mudanças no sistema de marcação de expediente ¿ atualmente ela é feita
por controle de frequência manual. O representante do Sindicato dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar),
Eder Rossato, entrou com um pedido para rever a matéria. O assunto
volta à pauta no dia 22 de agosto.
http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/762955/protesto-interrompe-reuniao-de-conselho/