O jovem que alcançou a maior pontuação do vestibular de inverno 2013 da Universidade Estadual de Maringá (UEM) tem 20 anos e se preparou para o concurso estudando 14 horas por dia. Ele disputou uma vaga no curso de Medicina, o de maior concorrência (322 candidatos / vaga), e fez 588,5 pontos - de 720 possíveis. O resultado foi divulgado ontem, com a tradicional festa nos cursinhos da cidade.
Renato Rocco Valério ficou sabendo do resultado pela internet. Ele tinha esperança de ser aprovado, mas não em primeiro lugar.
Filho
de um administrador de empresas e de uma bancária, Valério se mudou de
Colorado em 2010. Em Maringá ele concluiu o ensino médio e fez um ano
de curso pré-vestibular, sempre em colégio particular. Ontem, os pais,
Reginaldo e Vilma, estiveram em Maringá para comemorar.
O estudante diz que não há uma fórmula mágica para passar - basta estudar muito. Uma dica importante, contudo, é não "matar" aulas. "Eu chegava no cursinho às 8 horas e voltava só às 22h30 para casa. É bastante cansativo, tinha aulas até aos sábados e domingos." Ele conta que abriu mão de lazer e da convivência com amigos para se dedicar aos estudos.
Outro conselho de Valério é não desistir diante das dificuldades de um vestibular. "Quem está fazendo a prova tem que entender que não é fácil, e que não deve desistir se não passar na primeira vez. É preciso determinação e dedicação", observa. O estudante diz que este é o primeiro vestibular que fez para valer. Ela havia feito as provas para o curso de Medicina do vestibular de Verão da UEM como "treineiro" e ficou bem próximo da pontuação dos aprovados. Ele vai se decidir por uma especialização durante o curso. "Vou tentar fazer o melhor, e depois decido".
O presidente da Comissão Central do Vestibular Unificado (CVU), Emerson Arnaut de Toledo, diz que no geral o nível do concurso foi muito bom. "Mas o que chamou a atenção foram as notas da prova de redação. A média de 77,4 pontos é considerada alta mediante uma pontuação máxima de 120."
O vestibular de inverno da UEM teve 21.269 candidatos - 9,94% faltaram às provas.