Cerca de 400 servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) decidiram ontem pela realização de uma assembleia permanente. Com a decisão, os trabalhadores vão se reunir hoje, às 7h, em frente ao Hospital Universitário (HU) e se dirigir até a reitoria da universidade.
Entre as reivindicações estão a contratação de funcionários, melhorias referentes à infraestrutura e a suspensão, pelo governo do Estado, da aplicação da Lei Estadual 17.382 / 2012, que determina jornada de 40 horas semanais a profissionais que foram aprovados em concursos públicos com carga horária diferenciada.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Eder Rossato, o governo havia se comprometido a encaminhar um documento efetivando a suspensão da lei até a tarde de ontem, o que não foi realizado.
"É uma ‘aberração administrativa’ fazer com que os trabalhadores que têm carga horária diferenciada trabalhem 40 horas semanais", diz Rossato.
O servidores, a maioria pertencentes ao HU, são enfermeiros, radiologistas e dentistas, entre outros. Um dos respaldos do sindicato em solicitar a suspensão é de que a legislação federal aprova a carga horária diferenciada.
Ainda para Rossato, suspender a carga horária semanal é uma forma de assegurar os direitos e a qualidade de vida dos trabalhadores. "Nesta terça-feira nos reuniremos e reavaliaremos se tivemos avanços em nossas reivindicações ou não. Dependendo do resultado, poderemos decretar greve", completou o presidente do Sinteemar.
A assessoria de imprensa da UEM foi procurada, mas não se pronunciou oficialmente sobre o assunto. Com o término da reunião dos servidores já por volta das 20 horas, ninguém da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior foi encontrado para comentar os pedidos dos servidores.
http://www.odiario.com/cidades/noticia/742675/servidores-da-uem-ameacam-greve/