O deslocamento na área urbana é um dos entraves que Maringá já apresenta com reflexo do crescimento. Nesse caso, o uso da bicicleta pode ser um importante meio de transformação do trânsito como transporte alternativo de baixo impacto, amplo acesso e até então pouco explorado no município.
No caso do deslocamento na área central algumas ideias possam ser discutidas na atuação junto a melhoria do transporte para contribuir para uma cidade mais agradável.
Como apontamento ao fortalecimento do deslocamento da bicicleta na área central, a destinação de parte do estacionamento de veículos poderia ser cedido para bicicletas, como proposta.
Estacionamentos como os próximos ao terminal, criados recentemente para estacionamento de veículos, poderiam facilmente ser delimitados e guardas da zona azul destinado a manter a segurança de uma área especial para bicicletas. O roubo na cidade é comum.
Nesse caso o cidadão poderia facilmente substituir o carro ou a moto para ir até o banco, loja, supermercado, lotérica e outros facilmente pela bicicleta desde que houvesse também segurança para deixar seu veículo.
Além daqueles que se valem todo dia dela para ir e vir para o trabalho. Com o uso de equipamentos simples poderia melhor se aproveitar o espaço com grades suspensas em que as bicicletas fossem presas, otimizando o espaço.
O crescimento do uso de bicicleta na cidade pode ser facilmente notado, provavelmente associado à qualidade de vida por distintas classes sociais. A não existência de ciclofaixas na área central não é motivo para inviabilizar o uso na área central uma vez que campanhas de trânsito podem esclarecer o pleno convívio entre a bicicleta e carros, já consolidados em outras partes no mundo. Isso associado, é claro, a uma campanha de divulgação e educação no trânsito.
A cidade de Maringá favorece por diversas razões o uso da bicicleta: as ruas são relativamente largas (comparadas com outras cidades em que há um uso muito maior e consolidado); o motorista de Maringá possui certa educação no trânsito (são raras as cidades em que as pessoas param nas faixas); a cidade não possui um relevo acidentado, tornando-se convidativo o uso do veículo; possui arborização o que torna agradável o pedal e entre outros.
Outra medida sugerida seria um projeto para adoção aos novos empreendimentos (públicos e privados) e adequação dos existentes, de localidades onde há aglomeração de pessoas, com estacionamento de bicicleta, tal medida já é adotada pela prefeitura para veículos automotores.
Apenas como exemplo se você precisar ir a um shopping não há espaço e nem estrutura no estacionamento para bicicleta, ou seja, um cidadão que poderia utilizar para fazer um deslocamento saudável e rápido é induzido a usar seu carro.
Maringá pode se prestar novamente, como em outros casos, a atuar na vanguarda nacional. Haja vista que o uso da bicicleta é amplamente difundido e desenvolvido com ótima gestão em diversas partes do mundo!
No entanto deve haver medidas que vão além de construir ciclofaixas e
avance com uma gestão de mobilidade pautada em intervenções no
planejamento, campanhas de educação e politica pública específica -
instrumentos vitais para o desenvolvimento de uma cidade moderna,
sustentável e funcional.
Eduardo Souza de Morais
Doutorando em Geografia na Universidade
Estadual Paulista (Unesp), em Presidente Prudente.