Mobilidade urbana com bicicleta será o tema da I Mesa Redonda do Núcleo de Estudos de Mobilidade e Mobilização (Nemo), da Universidade Estadual de Maringá (UEM) - a ser realizado no dia 25 de março.
Segundo um dos organizadores do evento, o professor de Geografia
Eduardo Simões Flório de Oliveira, que desenvolve um projeto na área, o
objetivo é discutir a mobilidade urbana maringaense, principalmente em
relação ao uso das bicicletas ¿ modelo de transporte que de acordo com
ele tem apresentado demanda iminente por mais estudos, espaço e
infraestrutura para efetivar-se como veículo viável nos meios urbanos.
"Nossa
expectativa é ampliar esse debate em Maringá e divulgar mais a causa e
seus respectivos problemas, para podermos encontrar soluções viáveis
para todos", diz o professor.
Oliveira lembra que a lei 9.503 do Código de Trânsito Brasileiro diz que "nas vias urbanas e rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores".
Segundo ele, isso demonstra que a bicicleta deve ser respeitada legalmente no País como um meio de transporte. "Para atender a toda a cidade de Maringá, por exemplo, seria necessário pelo menos mais 90 km de ciclovias", avalia.
Um exemplo relatado por Oliveira, que de acordo com ele, comprova que há demanda suficiente de usuários de bicicletas em Maringá para que haja mais investimentos em estrutura, é o "Pedal de Quinta", encontro organizado pelo Coletivo Bicicultura Maringá. "O pedal tem reunido, em média, 300 pessoas. Há muita gente que utiliza a bicicleta como transporte em Maringá. Se houvesse mais estruturas adequadas, esse número evidentemente aumentaria", garante.
Entre os motivos para que a bicicleta atraia cada vez mais adeptos, Oliveira cita o fato de ser um veículo ecologicamente correto, mais eficiente para uso em distâncias de até 4 km e que "na maioria dos casos se torna mais rápida do que carros ou motos, pois não enfrenta congestionamento."
Planos
Por meio da assessoria de imprensa, a
Prefeitura de Maringá informou que entre os planos municipais de
mobilidade para bicicletas está prevista a implantação da ciclovia da
Avenida Gastão Vidigal e a revitalização das demais pistas da cidade. A
ciclovia da Avenida Colombo deve ser readequada após a conclusão e
liberação do tráfego no Contorno Norte. Não há datas definidas para o
início dos trabalhos. A ciclofaixa no entorno do Parque Alfredo
Nyffeler, na Vila Morangueira, para lazer e competições esportivas, faz
parte do projeto de revitalização da reserva e já está em andamento.
http://www.odiario.com/cidades/noticia/731941/demanda-por-bicicletas-e-iminente-diz-professor/